Arquivo

Presidente do Grupo Lena desmente confissões de suborno a Sócrates

O presidente executivo do Grupo Lena, Joaquim Paulo da Conceição, afirmou hoje que as notícias avançadas esta manhã, que indicam que ele teria assumido pagar subornos a José Sócrates, constituem um crime grave que põe em causa a imagem de uma empresa com mais de 60 anos e mais de três mil trabalhadores.

Em causa estão alegadas citações suas reproduzidas pelo “Correio da Manhã” desta sexta-feira no processo “Operação Marquês”. O diário noticiou que Joaquim Paulo da Conceição disse que «havia mesmo subornos para José Sócrates» num depoimento no Departamento Central de Investigação Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

«O objetivo do Grupo Lena, ao pagar comissões ao então primeiro-ministro, era abrir portas e novos mercados tendo como prioridade Angola, Venezuela e Argélia», cita o CM. O jornal escreve também que «José Sócrates aceitou receber, já depois de sair do Governo, um falso vencimento de uma empresa de Lalanda de Castro que, afinal, era pago pelo grupo Joaquim Barroca».

Joaquim Paulo da Conceição, segundo o jornal, disse que «tudo começou em 2006, um ano depois de Sócrates assumir o cargo de primeiro-ministro». O presidente do Grupo Lena foi, segundo o jornal, interrogado na qualidade de arguido nos últimos dias de junho.

Uma versão contestada pelo empresário, segundo o qual são informações «absurdas e mentirosas» e que o Grupo vai pedir para que seja ressarcido pelos danos causados pelo título do jornal.

«Mentir descaradamente sobre um grupo com 60 anos de contributo para a riqueza do nosso país; pôr em causa três mil postos de trabalhão espalhados por este mundo, representando o nosso país e o nosso grupo; pôr em causa a minha honra e idoneidade, mentindo, com frases inventadas, jamais por mim proferidas, é um crime tão grave como outros de que até aqui temos falado», afirmou João Paulo da Conceição em conferência de imprensa.

Também em comunicado, a defesa do ex-primeiro-ministro considera a notícia «uma mentira» e vai mesmo requerer ao titular do inquérito o desmentido do que diz ser «mais uma calúnia». Os advogados de José Sócrates garantiram ainda avançar com novas ações judiciais sobre este caso.

Sobre o autor

Leave a Reply