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Presidente da CIM Beiras e Serra da Estrela será eleito a 20 de fevereiro

Primeira reunião do ano do Conselho Intermunicipal ficou marcada por um voto de indignação contra o aumento das portagens na A23 e A25

O novo presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela deverá ser eleito a 20 de fevereiro, data da próxima reunião do Conselho Intermunicipal, onde têm assento os presidentes de Câmara dos quinze concelhos que formam a CIM.

A decisão foi tomada terça-feira, na Guarda, e segue uma deliberação de novembro segundo a qual seriam mantidos em funções os eleitos do último mandato até que os novos elementos da Assembleia Intermunicipal (representantes das assembleias municipais) fossem escolhidos. A primeira sessão deste órgão deverá acontecer nas próximas semanas e só posteriormente o Conselho Intermunicipal vai escolher o sucessor de Paulo Fernandes, autarca do Fundão. Vítor Pereira (Covilhã) é, por enquanto, o principal candidato a um cargo que ocupou no início da CIMBSE, até 2015. Mas os autarcas do distrito da Guarda, em maioria no Conselho Intermunicipal, também estão a mobilizar-se para dar corpo a uma alternativa. E a proposta que está a ser trabalhada é a candidatura de um presidente de um pequeno município da antiga Beira Interior Norte com o apoio dos eleitos do PS e PSD. O certo é que a demora em eleger o presidente da CIMBSE já não está a agradar a muitos autarcas, que receiam que a região saia prejudicada na preparação de novas candidaturas aos fundos comunitários.

Na terça-feira, a CIMBSE aprovou, por unanimidade, um voto de indignação pelo aumento de portagens na A23 e A25 e enviou um «pedido urgente» de reunião ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques. «Esta situação é um balde de água gelada relativamente às expectativas criadas», declarou Paulo Fernandes no final da reunião. Para o presidente da CIMBSE, que não vai continuar no cargo, «esta alteração não se percebe e prejudica muito a região». Até porque, em agosto de 2016, o Governo aprovou um desconto de 15 por cento nos pagamentos e admitiu posteriormente voltar a rever o assunto relativamente às autoestradas do interior. «Esperamos que esta má notícia possa vir a ser alterada, porque prejudica o desenvolvimento regional e todas as estratégias de captação de investimentos ou de atração e fixação de pessoas», sublinhou Paulo Fernandes, segundo o qual a CIMBSE continuará a pugnar pela abolição das portagens.

Na mesma reunião foi também decidido questionar o Governo sobre os critérios de acesso aos apoios no âmbito dos fogos e reivindicar equidade entre concelhos afetados, independentemente do dia que os incêndios ocorreram. «Não entendemos qual é o critério usado e queremos que essa situação seja bem clarificada, sendo que achamos que a condição base deve ser sempre a do prejuízo. Ou seja, se o território foi penalizado em determinada medida deverá ter acesso exatamente aos mesmos apoios de outros concelhos que tenham tidos semelhantes prejuízos e áreas ardidas, ainda que os fogos tenham ocorrido em datas diferentes», disse Paulo Fernandes.

Luis Martins Autarcas da CIMBSE reuniram na Guarda na terça-feira

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