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Presépio à antiga em pastelaria da Guarda-Gare

«Uma noite inteira» foi o tempo que Ana Paula Lopes demorou a fazer o presépio «à moda antiga» na pastelaria Paulitanea, na Guarda-Gare.

Movida pela vontade de «recuar no tempo», pois recorda-se de fazer assim o presépio com os avós e com os pais, a dona do estabelecimento na zona da Estação todos os anos repete a tradição. Hoje, já passou o gosto aos filhos, pois «sem o presépio não é Natal». Ana Paula Lopes gere esta pastelaria há 20 anos e «desde que aqui estou deixo sempre aquele cantinho» para o dedicar ao Natal. Já em casa tem outro presépio, feito com a mesma dedicação. O musgo, hoje em dia tão raro de encontrar nos presépios, é essencial na obra de Ana Paula e é o filho mais novo que se encarrega da tarefa de o recolher. Durante uma tarde João apanha o musgo e as bolotas e à noite Ana Paula põe mãos à obra. Já perdeu a conta às peças que tem, repartidas pelo presépio da pastelaria e o de casa, mas sabe que algumas figuras «têm mais de 60 anos» e vêm do tempo dos seus avós. Com o passar dos anos foi adquirindo mais e até uma cliente, por conhecer o seu gosto, lhe chegou a trazer algumas figuras que encontrava à venda. Os clientes da Paulitanea gostam do resultado final e, diz Ana Paula Lopes, que «chegam a vir de propósito do centro da cidade cá abaixo para ver o presépio». Outros fazem perguntas e pedem para tirar fotografias.

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