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Prémio Manuel António Pina sem vencedores

Segunda edição teve mais obras a concurso, mas nenhuma tinha «qualidade suficiente» para convencer o júri a atribuir o galardão

A segunda edição do Prémio Manuel António Pina não teve vencedores por as obras a concurso não terem qualidade suficiente. A decisão foi anunciada no passado sábado no final da reunião do júri do galardão criado pela Câmara da Guarda para homenagear o poeta e escritor natural do Sabugal.

O júri recebeu 225 obras poéticas – um número superior à primeira edição –, mas decidiu-se pela não atribuição do prémio por unanimidade porque, «embora tivessem sido apreciadas algumas candidaturas com qualidade apreciável, nenhuma das propostas recebidas atingiu o patamar considerado exigível para a atribuição do prémio e edição posterior da obra». Segundo a autarquia e a editora Assírio & Alvim, este contratempo «não põe em causa a continuidade do prémio», criado para divulgar obras inéditas de poesia. Já Manuel António Pina, que também integrou o júri, não se mostrou incomodado com a situação, reconhecendo que «um dos problemas do prémio é ser atribuído a inéditos». O patrono desta distinção e vencedor do Prémio Camões 2011 confirmou que entre os concorrentes havia «algumas obras deploráveis e três ou quatro com qualidade, mas não a suficiente, aos olhos do júri, para merecerem o prémio», disse.

Instituído em 2010, o Prémio Manuel António Pina tem periodicidade anual, distinguindo alternadamente obras de poesia e de literatura infanto-juvenil com 2.500 euros, correspondentes aos direitos de autor da edição da obra premiada pela Câmara da Guarda em parceria com Assírio & Alvim. “A Divina Pestilência”, do conimbricense João Rasteiro, que concorreu sob o pseudónimo de João Cénaculo, foi a vencedora da primeira edição. Este ano, o júri foi formado por Manuel António Pina, Manuel Rosa (editora Assírio & Alvim), José Manuel Vasconcelos (Associação Portuguesa de Escritores), Virgílio Bento (vice-presidente da Câmara da Guarda) e José Manuel Monteiro (convidado pela autarquia).

Sucessor do poeta João Rasteiro só será conhecido em 2013

Prémio Manuel António Pina sem vencedores

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