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Prejuízos aumentaram 700 por cento no CHCB em 2011

Resultados operacionais negativos aumentaram nas ULS da Guarda e Castelo Branco e baixaram no CHCB em dezembro

O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), na Covilhã, registou em dezembro último um resultado negativo de cerca 10,6 milhões de euros, o que, segundo o seu presidente, contribuiu para um aumento dos prejuízos da ordem dos 700 por cento em 2011.

Miguel Castelo Branco considera estes números «uma surpresa desagradável», mas adianta que se devem em parte ao fim das verbas de convergência atribuídas pelo Ministério da Saúde e que em 2010 ascenderam a 11 milhões de euros. «A tutela já está a par desta situação e, apesar das medidas de racionalização implementadas no CHCB, as contas só poderão melhorar com a correção do modelo de financiamento», acrescenta. Segundo o responsável, este é «o único hospital universitário que não tem o modelo de financiamento adequado a essa realidade», funcionando com mais especialidades e áreas assistenciais «do que um hospital distrital normal, com o qual ainda se continua a comparar no sistema de financiamento».

Para Miguel Castelo Branco, essa reclassificação, associada à racionalização de serviços e melhorias na eficácia das prestações de saúde, «seria suficiente» para equilibrar as contas do centro hospitalar. Entre as melhorias, o presidente do CHCB aponta a correção de «algumas ineficiências no fornecimento de medicamentos pelo hospital e à maior rentabilidade dos blocos operatórios». De acordo com os dados de dezembro de 2011 da Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS), o CHCB registou nesse mês resultados negativos três vezes superiores às Unidades Locais de Saúde da Guarda (1,1 milhões de euros) e Castelo Branco (2 milhões). Em novembro, os valores também foram negativos nas três unidades, sendo da ordem dos 11 milhões no CHCB, 824 mil euros na ULS da Guarda e 1,2 milhões na ULS de Castelo Branco.

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