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Pousada de Almeida com “franchising” até 2010

Nossa Senhora das Neves vai continuar a ostentar a marca Pousadas de Portugal

A Turisalmeida assegurou um contrato de “franchising” da marca Pousadas de Portugal para os próximos quatro anos, deixando “cair por terra” a intenção, manifestada no início deste ano, do Grupo Pestana de revogar o acordo. «É um alívio e um conforto não só para nós, mas para todos, fundamentalmente, para a região», assegura o proprietário, César Almeida.

Recorde-se que o grupo Pestana Pousadas, que gere as Pousadas de Portugal, informou a Turisalmeida, que comprou aquela unidade hoteleira, de que pretendia terminar o “franchising” no início deste ano. A situação foi ainda mais estranha, já que essa intenção foi comunicada sem sequer ter sido celebrada a escritura. O que não caiu muito bem junto dos actuais donos. A Pousada da Senhora das Neves tinha sido adquirida em 2004 e no contrato-promessa assinado com a Enatur, uma das condições estipuladas era que o novo proprietário pudesse continuar a usar a marca Pousadas de Portugal em sistema de “franchising”. Mas «o contrato foi só de um ano», explica o empresário. Diligências à parte, neste momento já foi celebrado um novo acordo que permite assegurar a integração na rede das Pousadas de Portugal «por mais quatro anos», diz César Almeida. Além desta «boa notícia», o negócio também “corre de vento e pompa”. A Senhora das Neves passou a dar lucro com a gestão da Turisalmeida, além de ter aumentado a sua taxa de ocupação. Nesse sentido, mais de 60 por cento dos seus actuais clientes pertencem à rede das Pousadas de Portugal.

No ano passado, a Pousada registou um aumento de «mais de 20 por cento na facturação», acrescenta o proprietário. Mas em Janeiro e Fevereiro deste ano houve já um crescimento «de mais de 50 por cento» comparativamente aos meses homólogos de 2005. «Apesar destes serem sempre os piores meses, bem como Novembro», recorda César Almeida. A melhoria das acessibilidades, com a A23 e a A25, bem como a autoestrada até Salamanca (ainda em construção), terá conduzido, na sua opinião, «a um acréscimo de clientes». Enquanto os espanhóis vêm mais ao fim-de-semana «e preferencialmente para comer», os lisboetas procuram Almeida «para dormir», exemplifica o empresário, lembrando que também há alguns estrangeiros dado que a pousada está «muito próxima da principal entrada terrestre em Portugal». Mas também é muito procurada por caçadores, que «vêm só para comer», graças a uma aposta na gastronomia local e a uma ementa temática adequada à altura do ano. No entanto, aquele responsável tece algumas críticas, nomeadamente ao poder local: «As autarquias têm que se empenhar mais no turismo da região, caso contrário qualquer dia não há cá ninguém», alerta.

Patrícia Correia

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