Portugal está sentado há 15 anos. Em 2000, o PIB português foi de 167.000 milhões de euros. Quinze anos depois, aumentou 2,3%. Sim, leu bem, 2,3% em 15 anos. Menos de 0,1% ao ano em média.
Se observarmos a Irlanda, um pequeno país periférico da Europa, cresceu no mesmo período 240%. Portugal só igualou esse crescimento entre 1960 e 1973, época em que cresceu 230%, isto é, no período ditatorial o país cresceu cem vezes mais que atualmente.
Não estou a defender a ditadura. Não desejo a ninguém o regime norte coreano, russo ou chinês.
Obviamente que a despesa do Estado e das Administrações Públicas está imune às dificuldades da economia. Dizem que estão a cumprir Keynes, o teórico economista que escreveu sobre a dinamização económica no pós Segunda Grande Guerra (1936).
Limito-me a dizer que somos governados por incapazes.
Hoje, com a livre circulação de pessoas, capitais e mercadorias no espaço europeu, Portugal está condenado a ser a mão de obra barata da Europa.
Não é apenas Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, que o diz. São os dados económicos, publicados pelo INE.
E isto acontece porque o nosso país limita-se à mediocridade, promovida pela cronocracia. São os rabos velhos e fedorentos que impedem os jovens de criar valor. Em suma, é a peste grisalha que não evolui nem permite que os outros o façam.
Não existe outra maneira de o dizer.
Por: Frederico Lucas