«Portugal andou, nos últimos anos, armado em rico, quando podia fazer uma vida moderada, de pessoa remediada, que é aquilo que Portugal é», afirmou Arménio Santos, no passado sábado, num encontro distrital dos Trabalhadores Social Democratas (TSD) sobre economia e emprego.
Segundo o secretário-geral dos TSD, nos últimos anos, o país teve «um Governo que se vangloriava das grandes obras, dos grandes projectos e das grandes operações financeiras. Nós éramos mimoseados com anúncios fantásticos. Pessoalmente, até gostaríamos de ver o país realizar essas obras, mas nunca pensámos como é que as iríamos pagar», denunciou. Para o dirigente, o problema é que «o país descurou a economia real, aquela que produz riqueza e dinheiro», vivendo agora uma «situação gravíssima em termos sociais», em que o desemprego «é apenas uma ponta das consequências” da crise económica. «É o Estado que está endividado, são as grandes empresas que estão endividadas ao exterior, é a banca portuguesa que tem que ir buscar financiamento ao exterior para poder continuar a fazer os empréstimos às famílias e às empresas. Portugal nunca esteve numa situação de tão elevado endividamento externo», alertou Arménio Santos.
