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Portagens, estacionamento gratuito e visita ao novo pavilhão do Sousa Martins

Nuno Almeida quebrou, anteontem, a monotonia da Assembleia Municipal (AM) da Guarda ao acusar indiretamente os deputados do PSD Sérgio Duarte e Jacinto Dias de terem votado favoravelmente uma moção a favor da cobrança de «portagenzinhas» na A25 e A23 na última Assembleia Intermunicipal da Comurbeiras, realizada no passado 5 de abril em Celorico da Beira.

O socialista surpreendeu tudo e todos ao solicitar a João de Almeida Santos, presidente da AM Guarda e da Assembleia Intermunicipal, que revelasse o nome dos deputados da Guarda naquele órgão e que confirmasse também que o sentido de voto das várias moções aprovadas na AM tem sido de «liminar recusa» das portagens. Soube-se então que a Guarda tem cinco deputados na Assembleia da Comurbeiras, três do PS (João de Almeida Santos, Carlos Santos e Nuno Almeida) e dois do PSD (Sérgio Duarte e Jacinto Dias). «Na última reunião desse órgão, um deputado apresentou uma moção que defendia portagens na A25 e A23, mas a um valor mais simbólico, uma portagenzinha», revelou então Nuno Almeida, acrescentando que o documento foi chumbado mas que «dois deputados da AM Guarda» o tinha votado favoravelmente «colocando os interesses do partido acima dos interesses da Guarda e da região».

Sérgio Duarte, o único visado presente na sessão de terça-feira, não gostou do que ouviu e acusou Nuno Almeida de ter «descontextualizado» o teor da moção para «fazer política». O social-democrata esclareceu então que o objetivo do proponente era «tentar influenciar a comissão que está a estudar as alterações ao sistema de portagens para se pagar menos nesta região». O eleito afirmou depois que também ele não concorda com as portagens na A25 e A23, mas que «elas já cá estão, foi o PS que as colocou, e é demagogia pensar que vão ser retiradas». Posto isto, o socialista distribuiu pelos deputados uma cópia da moção, reiterando que esta aceita «o princípio do utilizador-pagador». Nesta AM, o CDS delegou na mesa a apresentação de duas recomendações à Câmara. A primeira defende a isenção de IMI para os proprietários de terrenos agrícolas cultivados, enquanto a segunda propõe estacionamento gratuito durante um ano, renovável, nas ruas do centro da cidade de forma a dinamizar o comércio.

Por sua vez, Jorge Libânio (PSD) perguntou quando vão ser pagos os 170 mil euros que a Câmara deve aos bombeiros da Guarda, ao que Joaquim Valente respondeu que «podemos não pagar as nossas obrigações no tempo certo, mas cumprimos». De resto, o presidente aproveitou a questão para lamentar que «a direção dos bombeiros se tenha alheado das comemorações do 25 de Abril, porque, pela primeira vez, os voluntários não fizeram a guarda de honra às bandeiras». Já Matias Coelho (PS) propôs que a AM solicite uma visita às obras do novo pavilhão do Hospital Sousa Martins e uma reunião com a administração da ULS da Guarda «para conhecer o plano de mudanças e o novo espaço». A proposta foi aprovada por unanimidade.

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