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Populares vão ao Porto e Régua exigir reativação da linha Pocinho-Barca d’Alva

Manifestação programada para 2 de julho está a ser dinamizada pela Associação dos Amigos do Concelho de Foz Côa

A Associação dos Amigos do Concelho de Foz Côa está a organizar uma manifestação pela reativação da linha ferroviária entre o Pocinho e Barca d’Alva, fechada desde 1988. Mas desta vez os protestos vão fazer-se ouvir no Porto e na Régua no dia 2 de julho. Para lá chegar, os populares vão usar o comboio.

A manifestação está a ser divulgada nas redes sociais e num blogue, onde os promotores defendem que a reabertura deste troço da Linha do Douro com cerca de 28 quilómetros é uma «via indispensável para o desenvolvimento estrutural (económico, turístico e cultural) da região do Douro e designadamente do Norte das Terras do Riba-Côa». No Porto, a ação está marcada para a Praça Humberto Delgado, frente à Câmara Municipal, enquanto na Régua realiza-se junto à estação de caminhos-de-ferro. Em Setembro de 2009, o Ministério das Obras Públicas assinou um acordo para a reabertura da linha com a Estrutura de Missão do Douro, a REFER, a CP, o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

O documento foi homologado pela então secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino. Segundo o acordo, a REFER devia investir 25 milhões de euros na recuperação do troço, que poderá ser aberto à circulação de passageiros e mercadorias numa segunda fase. As obras de reabilitação previam que os comboios possam atingir os 80 quilómetros por hora, mais 50 do que antes, numa intervenção ao longo de 28 quilómetros, que contará com financiamento comunitário. Caberá depois à CP encontrar o modelo de gestão a ser implementado, que deverá passar pelo lançamento de um concurso público internacional para a entrega a privados da exploração turística da linha. Quase dois anos depois nada mudou, pelo que a associação fozcoense entende ser necessário recordar os decisores políticos dos seus compromissos.

O ponto de partida está marcado para a madrugada de 2 de julho na Praça do Município, em Vila Nova de Foz Côa, sendo os participantes transportados para a estação do Pocinho para apanharem o inter-regional com destino à Régua. Ali, a associação pretende realizar um cordão humano e distribuir desdobráveis em defesa da reabertura deste troço. A seguir, rumam ao Porto noutro inter-regional. Na Invicta, a comitiva formará outro cordão humano, antes de rumar à Praça Humberto Delgado, onde haverá intervenções, distribuição de folhetos e animação cultural. No final, todos regressam de comboio. Os interessados podem inscrever-se até dia 27 para os emails dos membros da comissão organizadora (joseconstanco@hotmail.com; augustopala@gmail.com; josprof@gmail.com; carmenguerr@gmail.com; mauricio.lebreiro@gmail.com; luis.b.pinto@sapo.pt e fozcoafriends@gmail.com). Mas também podem fazê-lo na página do facebook (Foz-Côa Friends) ou no café Havaneza, em Foz Côa. Já quem pretenda participar na manifestação apenas a partir do Porto deverá comparecer na Estação de S. Bento.

Luis Martins Troço da Linha do Douro com cerca de 28 quilómetros fechou em 1988

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