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Politécnicos do litoral congelam vagas para evitar «fuga de cérebros» do interior

O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) aprovou por unanimidade o congelamento de vagas nas instituições do litoral, alegando coesão territorial e para tentar evitar a «fuga de cérebros» do interior.

«O que nós decidimos, numa lógica de coesão territorial e de acordo com o que já tinha sido o parecer que enviámos ao ministro [da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor], é que as instituições localizadas no litoral não aumentarão as suas vagas. Basicamente estamos a falar dos politécnicos de Setúbal, Leiria, do Cávado e do Ave, de Viana do Castelo e da escola de enfermagem de Coimbra, uma escola não integrada», disse o presidente do CCISP e do politécnico de Setúbal, Pedro Dominguinhos.

Por decisão do Governo, no próximo ano letivo universidades, politécnicos e escolas superiores não integradas de Lisboa e Porto estão obrigadas a uma redução de vagas de 5%, cerca de 1.100 lugares que vão deixar de estar disponíveis nas duas maiores cidades do país que concentram cerca de metade dos alunos do ensino superior.

A decisão, tomada por unanimidade em reunião plenária do CCISP na quarta-feira, em Santarém, tem por objetivo «dar um sinal» em termos de coesão territorial e, mesmo sem garantias, tentar evitar uma «fuga de cérebros» do interior para o litoral.

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