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PolisCovilhã dependente do financiamento do município

Obras da “cidade neve” poderão ficar comprometidas se os 3 milhões de euros de dívida não forem transferidos para a autarquia em breve

Á semelhança do que acontece um pouco por todas as sociedades Polis, também o programa na Covilhã atravessa grandes períodos de incertezas e «receios» quanto à execução futura das obras. As dificuldades financeiras que advêm dos atrasos das verbas para 2003 e este ano estrangulam a cada dia a execução da intervenção e se os três milhões de euros em dívida não forem transferidos nos próximos tempos, o programa na “cidade neve” poderá ficar comprometido. É que até agora as obras lançadas na Covilhã, como é o caso do Jardim do Lago e da Ponte e Rotunda do Rato, estão a ser suportadas pela autarquia, pelo que a sua continuidade «vai depender da disponibilidade do município» para continuar a suportar os encargos financeiros, que aliás já recorreu à banca para poder efectuar as obras, afiança João Esgalhado, director-executivo do PolisCovilhã.

Por enquanto, e ao que tudo indica, as obras a lançar no âmbito do Polis deverão ficar em “stand by” até ao próximo dia 12, altura em que as 18 sociedades gestoras vão discutir com o ministro Amílcar Theias o futuro do programa. É o caso dos projectos do Jardim do Rodrigo, de iluminação das Pontes dos Oito Arcos e da Ponte do Ferro, as pontes pedonais, entre outros projectos. Para além disso, preocupa ainda a João Esgalhado o facto dos programas poderem ser prolongados por mais um ano, apontando algumas reticências quanto às dificuldades financeiras que poderão advir daí se o ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente não reforçar as verbas para suportar mais doze meses de funcionamento do programa. «Se existir um aumento dos prazos, a verdade é que haverá a necessidade de reforçar também as verbas para garantir a liquidação dos custos de funcionamento, de pessoal e de estrutura», explica João Esgalhado. «Aumentando o número de meses de funcionamento, obviamente que há que pagar mais meses de ordenado e mais custos de toda a índole», acrescenta, mostrando-se bastante «receoso» de não existir reforço financeiro no actual contexto de «dificuldades financeiras» em que o país está mergulhado.

Mas ainda assim mantém a esperança que essa possibilidade seja uma realidade, bem como a transferência do capital social em atraso de 2003 e da primeira tranche de 2004, que é em Janeiro. E isto para que o PolisCovilhã possa continuar as obras que estão em curso e «cumprir pontualmente as obrigações financeiras que temos definidas». Entretanto, apesar dos atrasos das verbas do Estado para a autarquia, o PolisCovilhã continua a decorrer «dentro dos prazos», garante, tendo em conta que a «globalidade das obras estarão concluídas até ao termo do prazo previsto», ou seja, até meados de 2005, apontando apenas alguns atrasos quanto à conclusão das pontes pedonais projectadas para atravessar as duas ribeiras da cidade, mas que «serão lançadas ainda no decorrer do programa», assegura.

Liliana Correia

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