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Polémica dos swap tem mais um capítulo

Novo secretário do Tesouro terá proposto swaps escondidos a Sócrates, noticia a “Visão”.

O novo secretário de Estado do Tesouro Joaquim Pais Jorge, que entrou para o Governo com a subida de Maria Luís Albuquerque a ministra, chegou a sugerir ao Governo de José Sócrates, enquanto responsável do Citigroup, a subscrição de três swap, que seriam escondidos para ficar fora das contas do Estado, noticia hoje a revista “Visão”.

O substituto de Maria Luís Albuquerque na secretaria de Estado do Tesouro terá proposto ao anterior Executivo socialista para contratar produtos tóxicos que não seriam incluídos no cálculo do défice orçamental e da dívida pública. Na época, Joaquim Pais Jorge era director do Citibank Coverage Portugal.

O actual governante terá sugerido «uma solução para melhorar o rácio dívida/PIB em cerca de 370 milhões de euros em 2005 e 450 milhões de euros em 2006», adianta a “Visão”. Tratava-se de três contratos swap entre o Estado e o Citigroup. «Os Estados geralmente não providenciam [ao Eurostat] informação sobre o uso de derivados», referia o documento entregue no gabinete do então primeiro-ministro José Sócrates. «Os swap serão, efectivamente, mantidos, fora do balanço», lia-se ainda.

De acordo com o “Jornal de Negócios”, ao lado de Pais Jorge estava também Paulo Gray, director-executivo para Portugal do Citigroup à época e que é actualmente responsável na consultora financeira StormHarbour.

De recordar que a StormHarbour foi contratada para dar assessoria financeira ao IGCP, nem mais nem menos na análise dos contratos swap subscritos por empresas públicas.

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