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Poesia ibérica em Salamanca

Editada antologia bilingue com poetas, fotógrafos e pintores das regiões Centro e de Castela e Leão

A poesia, a música, a escultura, a fotografia e a pintura ibéricas encontram-se hoje e amanhã em Salamanca por ocasião do lançamento de uma antologia bilingue. Vinte poetas da região Centro de Portugal e de Castela e Leão, mais alguns fotógrafos e pintores marcam presença em “Cânticos da Fronteira/Cânticos de la Frontera”, uma edição conjunta da Delegação Regional da Cultura do Centro e da Delegação Territorial de Cultura de Castela e Leão. Esta publicação é também motivo para uma iniciativa cultural transfronteiriça sem precedentes na Casa das Conchas.

Manuel da Silva Ramos (Covilhã), Américo Rodrigues e Fernando Pinto Ribeiro (Guarda), Albano Martins (Fundão), João Rasteiro (Coimbra), Jorge Fragoso (Viseu), António Salvado (Castelo Branco), Carlos Lopes Pires (Leiria), Luís de Miranda Rocha (Mira) e Orlando Jorge Figueiredo (Aveiro) são os poetas presentes em “Cânticos da Fronteira”. Convidado para representar a lusofonia está também o poeta moçambicano Luís Carlos Patraquim. Presentes em Salamanca estarão António Salvado, um dos coordenadores da iniciativa, João Rasteiro, Carlos Lopes Pires, Luís Carlos Patraquim, Américo Rodrigues e Jorge Fragoso. Os seus poemas foram traduzidos em espanhol pelo poeta e professor Alfredo Pérez Alencart, outro coordenador do evento, enquanto António Salvado traduziu os poetas espanhóis para português. Além dos poemas, a antologia contempla igualmente uma secção dedicada à fotografia, serigrafias e pintura. Diamantino Gonçalves, Jorge Jacinto, Raul da Costa Camelo, Mário Silva, Emerenciano, José Manuel Castanheira e Manuel Cargaleiro deram à obra um olhar «multicolor e belo», sublinha Alfredo Pérez Alencart, também director do Centro de Estudios Ibéricos y Americanos de Salamanca “Federico de Onís – Miguel Torga”.

Mais do que um encontro de artistas ibéricos, “Cânticos da Fronteira” pretende ainda ser uma homenagem a Eugénio de Andrade e Francisco Pino, «dois poetas que deixaram a poesia de Portugal e Espanha mais pobre», considera aquele responsável. A iniciativa começa esta tarde com canções e leitura de poemas, um programa que se repete amanhã, antes da apresentação do vinho “Carralero”, produzido pela Sociedade Cooperativa “Vinos del Bierzo” e dedicado ao pintor José S. Carralero, Prémio “Castilla y Léon de las Artes”. O encontro termina com um concerto-recital do grupo “Retablo”, que vai interpretar um poema de cada um dos poetas castelhano-leoneses e portugueses convidados.

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