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Pobreza gera pobreza

Bilhete Postal

Um carro mau tem mais oficina, gasta mais gasolina, protege menos os ocupantes, curva com menos segurança, trava pior. Um carro pobre tem os pneus gastos, tem a embraiagem consumida, tem os cintos frouxos, faz fumo, carece de intensivo tratamento e paga manutenção, certificação e taxas. Assim, ter um carro velho é um processo que conduz o Estado a uma situação negativa. É mais difícil controlar o dinheiro negro associado a manutenções e aprovações. O Estado perde com um carro velho, as pessoas morrem mais em carros antigos e os ferimentos por menores condições de segurança são mais graves. Um carro velho é uma ameaça se não tem airbags, se não tem sistemas para estabilização, se lhe falta força na ultrapassagem. Isto serve para explicar que a pobreza arrasta a pobreza. Isto serve para defender que menos imposto na compra de carros novos possivelmente diminui acidentes, compreensivelmente diminui mortalidade, permite entrada mais direta de dinheiro nos cofres do Estado, reduz o dinheiro paralelo. Também por esta razão é-me difícil entender que um automóvel moderno, médio, seja um luxo e não uma opção defensável. Andar em estradas melhores diminui consumos de combustível, diminui tempo de viagem, diminui os acidentes e logo poupa dinheiro a todos. Também por tudo isto não concordo com o Governo e os seus impostos, não concordo com pagamento tão caro nas estradas e não concordo com impostos tão altos na aquisição de automóveis, mas não sei se há dados claros sobre este tema que até possam provar que estou errado e devíamos era andar todos de Trabant e em ruelas esburacadas.

Por: Diogo Cabrita

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