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PLIE da Guarda tem 65 por cento da área ocupada

Há 10 empresas instaladas e outras 10 em fase de instalação, enquanto que o concurso para o “truck center” será aberto no final do primeiro semestre deste ano

A Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda pretende apostar na sua «internacionalização» para poder captar mais investimento. Atualmente, a PLIE tem 65 por cento da sua área ocupada, entre 10 empresas instaladas e outras 10 em fase de instalação. O lançamento de um “truck center”, cujo concurso deverá ser aberto no final do primeiro semestre deste ano, é o mais recente projeto da Câmara da Guarda, que quer que a plataforma passe a ser gerida pelos empresários.

Vítor Santos, vereador da autarquia guardense, explicou a O INTERIOR que a dezena de empresas em fase de instalação têm «projetos próprios que já estão a desenvolver e já estão na Câmara». A área de 65 por cento ocupada corresponde à soma das empresas já instaladas mais as que se encontram por instalar, uma vez que se trata de lotes «que já estão adquiridos». Nesta situação está a transportadora Broliveira, que adquiriu 18 lotes e deverá avançar para o terreno brevemente. Em termos de postos de trabalho criados, o município tem uma «ideia» de que, até momento, rondam os «cerca de 200» empregos nas empresas já em laboração. Questionado se os números satisfazem a autarquia, o vereador responde que «nunca» pode «dizer que é satisfatório»: «A nossa perspetiva é querer cada vez mais. O trabalho desenvolvido tem vindo a ser sustentado, mas queremos mais e melhor, senão perdemos um pouco a crença do nosso objetivo que é ter uma plataforma a funcionar e gerida pelos próprios empresários», sublinhou, garantindo que tem a «certeza» que isso virá a acontecer no futuro.

O autarca salienta que a PLIE tem três vertentes: a área da logística, a área empresarial e o centro tecnológico, um projeto que «está a ser desenvolvido por nós internamente e que apenas vai ter uma componente exterior, a de arquitetura especial». Outra parte em paralelo é um “truck center”, um «centro de apoio global», que, entre outras valências, vai dispor de restauração/loja de conveniência, posto de abastecimento de combustíveis, lavagem de viaturas, oficina de serviços rápidos, edifício de pernoita de motoristas, estacionamento para veículos pesados e serviços bancários e postais. O projeto está «concluído, já está validado, faltam as especialidades para depois abrirmos concurso público», o que deverá acontecer «no final do primeiro semestre deste ano». Vítor Santos explica que a estrutura «não vai ter custos para a Câmara», já que o concurso vai ser aberto «com o nosso projeto» e as candidaturas serão feitas «em termos de feitura e exploração, que ainda não está definida mas que nunca será inferior a 25 anos», o tempo «normalmente definido para obras desta envergadura», uma vez que «estamos a falar em valores muito altos».

A internacionalização da PLIE é um «objetivo» a alcançar, até porque «quando pensamos que o desenvolvimento do nosso interior passa essencialmente, e também, pelo desenvolvimento da nossa economia é com a criação de riqueza, de postos de trabalho e de empresas que na nossa região têm que estar vocacionadas não só para o mercado nacional mas também, e essencialmente, para o mercado de exportação». Neste sentido, as perspetivas para o futuro da PLIE são «boas» e surgem «sustentadas no nosso princípio e nos nossos objetivos, com uma área de logística, uma área empresarial, uma área de tecnologia e do conhecimento com uma gestão de privados». «Não queremos ser nós a gerir a PLIE mas que sejam os próprios empresários a definirem um modelo e a metodologia a seguir para a gestão da plataforma», frisou.

«Nenhum empresário» se deixou de instalar por motivos de gestão

A gestão da PLIE também foi abordada na reunião do executivo com Rui Quinaz, vereador da oposição, a relembrar que o Nerga – Associação Empresarial já mostrou disponibilidade para gerir a Plataforma Logística. O eleito do PSD considerou que «faz todo o sentido que a gestão da PLIE fosse do Nerga porque o aumento de capital social não aconteceu e temos muitas dúvidas que aconteça». Do mesmo modo, afirmou que «a Câmara e os empresários não têm estado do mesmo lado para atrair investimento», exemplificando que a Aenebeira «nunca foi abordada pela Câmara a propósito da PLIE». Na resposta, Joaquim Valente discordou da entrega da gestão da plataforma ao Nerga e frisou que «devemos privilegiar os empresários que ali estão a investir, mas salvaguardando o interesse público», sendo que «a gestão deve ser entregue a uma comissão nomeada pelo Conselho de Administração». O presidente do município garantiu que a PLIE «irá sempre para a frente com mais ou menos empresas», reiterando que «nenhum empresário se deixou de instalar por qualquer motivo de gestão ou administração».

Ricardo Cordeiro A Olano é uma das 10 empresas já instaladas na PLIE

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