Está em marcha a construção da futura Plataforma Logística Integrada e Abastecedora de Celorico da Beira. A autarquia assinou, no último domingo, o protocolo de alienação onerosa de mais de 56 mil metros quadrados necessários à implantação do projecto do grupo empresarial TAVFER, de Fernando Tavares Pereira. Um terreno estrategicamente colocado entre a EN16 e o IP5/A25, distando igualmente cerca de um quilómetro da estação de caminhos-de-ferro.
O acordo foi selado com champanhe e algumas críticas à morosidade da administração pública. O empresário recordou que esteve quase a optar por outra localização dada a demora do actual Governo em aprovar os Planos de Pormenor para o local e de Urbanização da vila – o que só aconteceu em Agosto último – e garantiu que só não o fez devido à insistência do autarca celoricense para que ficasse no município. Por sua vez, António Caetano não esqueceu «aqueles que tudo fizeram para a obra não avançar», numa alusão a alegados entraves do Governo PS ao projecto, mas preferiu falar do futuro: «Os próximos anos serão de ouro para Celorico da Beira», afirmou.
A PLIAB é um investimento privado de 10 milhões de euros e implica uma parceria com a autarquia celoricense, que vendeu o terreno ao grupo TAVFER pelo preço simbólico de pouco mais de 28 mil euros. Vai ocupar uma área de dez hectares que será transformada num interface comercial para servir transitários, rodoviários e ferroviários, funcionando ainda como mercado abastecedor da região que vai da Guarda a Bragança. A futura plataforma compreende um hotel com 30 quartos, zona de estacionamento para 200 camiões, áreas de apoio, pavilhões, oficina, linhas de lavagem com capacidade para 300 camiões, postos de abastecimento para todo o tipo de veículos, restaurante, balneários, zonas verdes de lazer e parque com capacidade para 50 autocaravanas. Ao todo, está prevista a criação de 250 postos de trabalho, que serão recrutados «preferencialmente» no concelho.
