Um sargento da GNR da Guarda foi detido na semana passada pela Polícia Judiciária por suspeitas de crimes de peculato e prevaricação. O indivíduo, de 48 anos, está indiciado pela utilização indevida de dinheiros públicos em proveito próprio, tendo sido alvo de um procedimento disciplinar no seio da corporação e suspenso de funções, já no final do ano passado. Ouvido no Tribunal de Almeida para primeiro interrogatório, o graduado saiu em liberdade mas está impedido de exercer a sua actividade até ao fim do processo. O juiz aplicou-lhe ainda a medida de coação de termo de identidade e residência, no âmbito da qual não poderá ausentar-se para fora da Guarda.
O sargento, que exerceu funções de chefia no posto fronteiriço de Vilar Formoso, entre outros, mas estava actualmente de baixa médica, foi detido com base num mandado judicial após uma investigação «complexa e exaustiva» da PJ, disse Mário Bento, coordenador do Departamento de Investigação Criminal da Guarda. Terá sido a própria GNR a solicitar a intervenção do Ministério Público, tanto mais que o suspeito já tinha antecedentes neste género de práticas no seio da Guarda Nacional Republicana, o que terá supostamente estado na origem da sua transferência para a zona de Viseu há uns anos atrás. Mas regressou passado algum tempo, tendo então passado por vários postos territoriais do destacamento da região da Guarda.