Mário Bento é o novo coordenador responsável pelo Departamento de Investigação Criminal da Guarda da Polícia Judiciária (PJ) e já vai participar na cerimónia de inauguração das novas instalações da PJ, agendada para a próxima quarta-feira, dia do 58º aniversário da Judiciária. Localizado na Praceta Nuno de Montemor, no Bairro do Bonfim, o moderno edifício da PJ da Guarda ocupa uma área superior a três mil metros quadrados, mais do dobro das actuais instalações na Rua General Pinto Monteiro.
A sede possui quatro pisos em estrutura de betão, dois dos quais estão acima da cota da praceta, e poderá no futuro vir a usufruir de facilidades de circulação e acessos rodoviários através dos futuros nós do Torrão e de Alfarazes, a construir pela Câmara da Guarda. Para amenizar a sua volumetria, o complexo, que ocupa uma área de implantação de 1.150 metros quadrados, vai ser rasgado horizontalmente por grandes vãos. Em complemento às áreas de investigação criminal, disporá também de zonas técnicas para o tiro, formação, cofres e de apoio lofoscópio, bem como de zonas sociais, incluindo restauração e de serviço. As instalações dispõem ainda de salas especiais de apoio à acção da Justiça no âmbito da investigação criminal, as chamadas salas de reconhecimentos e de audição. No futuro, se houver necessidade de aumentar o espaço, o último piso tem capacidade para ser ampliado. A obra teve um custo inicial de 2,2 milhões de euros (440 mil contos) e arrancou em Fevereiro deste ano, tendo cumprido rigorosamente o prazo de execução de 211 dias.
O então secretário de Estado Adjunto da Ministra da Justiça, Mota Campos, que participou no lançamento da primeira pedra, realçou na altura que à melhoria das instalações vai corresponder o «reforço dos meios de actuação e de meios humanos», garantindo um aumento do quadro de efectivos da PJ da Guarda, embora ainda não seja conhecido o número exacto. A Judiciária veio para a Guarda enquanto Subinspecção, tendo sido criada pelo Decreto nº. 23/83, de 12 de Abril, e formalmente inaugurada a 4 de Maio de 1983. Sete anos depois passou a ser designada como Inspecção, mas transformou em Departamento de Investigação Criminal da Guarda com a entrada em vigor da actual Lei Orgânica da PJ. A sua área territorial e de acção compreende as comarcas de Almeida, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Meda, Pinhel, Sabugal, Seia, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. Mário Bento vem para a Guarda após as transferências de Manuel Portugal e Leitão dos Reis, inspector-chefe e coordenador do departamento, respectivamente, para Coimbra e Lisboa por desentendimentos de ordem pessoal.
