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PIB tem a maior queda dos últimos três anos

É uma quebra de 3,3 por cento, a pior do Produto Interno Bruto desde 2009, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

Na estimativa rápida das contas nacionais hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) lê-se que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,3 por cento relativamente ao mesmo período do ano anterior, a redução mais forte desde 2009. A quebra deve-se sobretudo a um «contributo mais negativo da procura interna», explica o INE. Já a taxa de variação em cadeia (ou seja, relativamente ao trimestre anterior) registou uma quebra de 1,2 por cento.

O INE explica este valor pelo «comportamento da procura interna», que «registou um contributo mais negativo» que no trimestre anterior.

Tratando-se de uma estimativa rápida, o INE não apresenta dados detalhados sobre os componentes do PIB. No entanto, os técnicos estatísticos dão particular destaque à redução do investimento.

O INE destaca igualmente «o contributo positivo da procura externa líquida», ou seja, do comércio internacional. Neste caso, o principal fator é uma redução «mais intensa» das importações, porque as exportações, embora continuando a crescer, «desaceleraram».

Para além da estimativa do PIB para o segundo trimestre, o INE também procedeu a uma revisão em baixa do crescimento económico para os dois trimestres anteriores.

Tanto no final de 2011 como no início de 2012 o PIB diminuiu mais uma décima de ponto percentual do que o anteriormente previsto. Esta revisão afetou também a taxa de crescimento do PIB para o total de 2011; em vez de encolher 1,6 por cento, o PIB reduziu-se 1,7 por cento no ano passado, estima o INE.

O Governo e a ‘troika’ preveem que, para o conjunto de 2012, a economia portuguesa caia três por cento.

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