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Petição pede conclusão da Linha da Beira Baixa entre a Guarda e Covilhã

Guardense Júlio Seabra é o primeiro subscritor e sustenta que via será um «eixo importantíssimo no mapa ferroviário português», além de ser alternativa às portagens na A23

Quase três anos depois da suspensão das ligações ferroviárias entre a Guarda e a Covilhã, há uma petição no portal do Governo a pedir a conclusão da empreitada de modernização e reabertura do último troço da Linha da Beira Baixa.

Lembrando que esta via é «vital para as populações e para as economias adjacentes», o documento (disponível em http://www.portugal.gov.pt/pt/o-meu-movimento/ver-movimentos.aspx?m=385) sustenta que a sua completa exploração desde o Entroncamento será «um motor de desenvolvimento regional e nacional, impulsionando diretamente o setor industrial» da Guarda, Covilhã, Fundão, Castelo Branco, Vila Velha de Rodão e Abrantes. Júlio Seabra, o primeiro subscritor, entende que nessa altura será possível pôr a circular composições de passageiros e mercadorias num circuito Guarda-Pampilhosa-Entroncamento-Guarda, bem como a ligação ao resto da Europa. O promotor considera, por isso, que, «modernizada e ativa na sua totalidade, a Linha da Beira Baixa tornar-se-á num eixo importantíssimo no mapa ferroviário português, permitindo a diminuição de trânsito na Linha do Norte, sendo também uma alternativa a esta em situações de graves acidentes».

Além disso, a via ganha agora mais importância desde que a autoestrada A23, que liga aquelas cidades, está a ser portajada, «na medida em que não tem nenhuma alternativa rodoviária digna desse nome», refere o também deputado municipal da Guarda eleito pelo PS e principal dinamizador do autodenominado movimento “Reabertura ferroviária troço Guarda-Covilhã”. O responsável apela à participação de todos e não exclui a realização de iniciativas no terreno, nomeadamente «na data em que se assinalam os três anos de encerramento» do torço Guarda-Covilhã, de 44 quilómetros. A decisão aconteceu em março de 2009 de forma a permitir obras na via, pontes e túneis, assim como a eletrificação do percurso. No entanto, a via continua fechada, desconhecendo-se qual o ponto da situação dos trabalhos. Em novembro último, a REFER retomou a ligação até à Covilhã.

Inicialmente, estimava-se que a modernização integral da Linha da Beira Baixa até à Guarda poderia estar finalizada durante o segundo semestre de 2012. Esta foi a última data adiantada pelo antigo presidente do Conselho de Administração da REFER, Luís Filipe Pardal, no final de 2009. Recorde-se que o anterior Governo contava investir cerca de 150 milhões de euros para encurtar e eletrificar as ligações ferroviárias entre as três principais cidades da Beira Interior. Contudo, no ano passado, a empresa admitia que a reabertura da linha ferroviária entre a Guarda e Covilhã pode demorar mais tempo do que o previsto. Tudo por causa das «restrições financeiras» que motivaram «ajustamentos na calendarização de um conjunto de investimentos, entre os quais está a modernização do troço entre a Covilhã e a Guarda».

Luis Martins Circulação está interrompida desde março de 2009 no troço Guarda-Covilhã, o último da linha da Beira Baixa

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