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Perguntas… “Obscenas”?

“A sorte de toda a NAÇÃO dividida é a de se tornar a preza do Estrangeiro, ou escrava de algum ambicioso.”

Colecção de pensamentos de JOSÉ JOAQUIM RODRIGUES DE BASTOS. Ano de 1854.

Tendo lido o esclarecedor artigo do Dr. Medina Carreira, intitulado “O ESTADO À DERIVA” (Jornal Publico de 23 Setembro de 2004) onde é referido que, citamos:”Para o financiamento orçamental destas despesas (salários públicos e pensões de aposentação dos POLITICOS e dos funcionários) são necessárias receitas correspondentes à soma de: IRS (7414 m. euros); IVA (9814 m. euros); ISP (270 m. euros); Imposto Automóvel (1211 m. euros); Imposto de selo e estampilhas (1192 m. euros). As despesas orçamentais com os salários públicos e as transferências para a C.G.A. correspondem assim, a 80 por cento dos Impostos do Estado cobrados em 2002 (28.038 m. euros) e a 62 por cento de todos os impostos arrecadados pelas Administrações Publicas naquele ano, em Portugal.”

Perante tal estudo seria interessante que especialistas, sem Partido, fizessem a separação do”Trigo e do Joio” e respondessem a estas perguntas:

1) Quais os valores totais das reformas (aposentações) dos Administradores das Empresas em que o Estado tenha a maioria do capital, como por exemplo a GALP; CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS; Ex-I.P.E.; PORTUGAL TELECOM; T.A.P. etc., etc. desde o Ano de 1998 a 2003?

Aquelas aposentações são pagas pela Caixa Geral de Aposentações, ou pela Segurança Social?

2) Quais os totais dos montantes pagos desde a sua aprovação, até ao Ano de 2003 das escandalosas e de “privilégio” aposentações recebidas pelos Senhores Deputados da Assembleia da República (os tais que no dia 22 de Setembro de 2004 aquando da apresentação das alterações ao Código da Estrada,”estavam no hemiciclo 33 Deputados, dum total de 230″-Jornal Publico), bem como dos Senhores Autarcas que ao fim dum determinado período de mandato (8 anos, será?) recebem o prémio devido pelo tremendo esforço de servir Portugal?

E, quando deixam o Parlamento e passam a exercer as suas profissões liberais, ou quando vão para os Conselhos de Administração, Assembleias Gerais, Conselhos Fiscais, das Empresas de Estado, declararão em sede de IRS o valor recebido, ou farão como o que é referido no “Semanário Económico” de 17 de Setembro de 2004,citamos:”905 euros é o rendimento bruto mensal declarado pelos… em 2003″.?!?!

As perguntas são sómente para sabermos quanto receberam tão brilhantes e esforçados políticos, defensores da causa pública, para posteriormente chegarmos à conclusão porque razão, e citamos de novo o Dr. Medina Carreira: “O sistema de pensões do pessoal público, político, e administrativo constitui um previlégio: em 2002 a pensão média (14 meses) dos cerca 330.000 aposentados da C.G.A. era de cerca de 903 euros (781 euros em 1998)”. Encontradas respostas a todas as perguntas formuladas, poderão os especialistas encontrar médias diferenciadas para o “PESSOAL PÙBLICO”, o “PESSOAL ADMINISTRATIVO” e o “PESSOAL POLÍTICO”, até descobrirem quem mais contribui para a média dos tais “993 euros” em “14 meses”.E das três classes de “pessoal” acima referidas, apurarem quem são de facto os previligiados.

Postas as questões, haverá algum Especialista Independente, que saiba e queira fazer as distinções entre o “pessoal”, baseado em fontes e números credíveis e, posteriormente, informar o POVO da verdade dos Factos?

Pela nossa parte ficaremos eternamente grato, pois detestamos ser baralhados por estatísticas tipo “molhada e Fé em Deus”, além de adorarmos saber a verdade, doa a quem doer.

Bem -Hajam.

NOTA: Depois de escrevermos este artigo e, numa roda de Amigos, ouvimos e vimos na SIC a comunicação dos novos vencimentos dos Administradores da Caixa Geral de Depósitos. Não caímos para o lado, porque estávamos sentados.

Das duas uma: ou ao contrário do que se informa, o dinheiro em Portugal corre a jorros, ou o regabofe das MORDOMIAS do Clube restrito da classe política continuarão a existir, porque já ninguém as consegue travar. E O POVO CONTINUARÁ, IMPASSÍVEL A SOFRER, E A PAGAR, ESTES DESMANDOS.

Por: António Moraes

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