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Penedo da Saudade (Coimbra)

Coimbra é a cidade dos estudantes. São estes que lhe dão vida durante a semana, e que a entregam ao silêncio quando regressam a casa. Com vários pontos de interesse, um dos que mais diz a quem lá se forma é o Penedo da Saudade, numa das ruas esquecidas junto ao Jardim Botânico, a caminho dos Olivais.

Miradouro emblemático de Coimbra, este repouso de académicos e apaixonados “espreita” a parte oriental da cidade, até se perder de vista no rio Mondego, na serra do Roxo e, se o sol ajudar, na serra da Lousã. A saudade, palavra que os portugueses tantas vezes defendem como sua, é perpetuada em placas que se distribuem pelo espaço e que são autênticas declarações de amor à Universidade, à cidade e àqueles que por lá passam.

Ao caminhar por entre a vegetação, são muitos bancos e os rochedos com poemas e dedicatórias inscritas, sendo as figuras em destaque os “Poetas” e os “Cursos”, com áreas próprias e identificadas. A placa mais antiga data de 1855, ainda que o miradouro tenha sido construído em 1849, assente numa cornija greso-conglomerática, com 50 metros de altura, que formava a parte côncava de um meandro do rio Mondego. Antes chamado Pedra do Vento, reza a lenda que era este o refúgio de D. Pedro, que ali chorava a morte de Inês de Castro, e que o teria “batizado” com o nome que perdura até aos dias de hoje.

Um dos recantos mais íntimos de Coimbra, o Penedo da Saudade é também um jardim que, disperso no espaço envolvente, integra ainda as estátuas do poeta e pedagogo João de Deus, do poeta António Nobre e de Eça de Queirós – comemorativo do centenário da sua morte. Além de todas estas atrações, o miradouro tem ainda “cantos” que convidam ao repouso e ao lazer, bem como exemplares da flora autóctone e não só.

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