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PCP diz que Governo «ignorou alertas»

Comunistas exigem medidas para impedir o «desastre social» que resultará do despedimento de 700 trabalhadores

O presidente do grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República recordou, segunda-feira, que os comunistas já tinham avisado sobre a situação na Delphi. De visita à fábrica da Guarda-Gare, Bernardino Soares evocou o fecho da unidade do Linhó para afirmar que o Governo «ignorou os alertas lançados em Março do ano passado e, em Dezembro último», durante as Jornadas Parlamentares realizadas na Guarda.

«A verdade é que nada foi feito. O Governo assiste impávido e sereno à morte das empresas e ao despedimento de milhares de trabalhadores. Com a agravante que, desta vez, foi o próprio Governo a reeditar a aldrabice da promessa feita então aos trabalhadores da unidade do Linhó, que a fábrica de Castelo Branco poderia vir a absorver os trabalhadores despedidos da unidade da Guarda», refere um comunicado distribuído aos funcionários da empresa de cablagens. O documento sustenta mesmo que o anúncio do protelamento dos despedimentos por alguns meses é «uma tentativa de emendar o erro grosseiro» de Manuel Pinho e «uma manobra para desmobilizar os trabalhadores de fazerem greve geral a 30 de Maio». Perante a inevitabilidade da decisão, o PCP está solidário com os trabalhadores e exige medidas do Governo para impedir o anunciado «desastre social» decorrente do despedimento de 700 pessoas. «A desestabilização laboral e social vivida por vós é idêntica à situação de milhões de portugueses, trabalhadores e população em geral, desfavorecidos e marginalizados pelas políticas deste Governo», acusam os comunistas.

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