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PCP alerta para falta de condições da habitação social na Covilhã

Vereador Paulo Rosa acusa comunistas de «andarem já em pré-campanha»

Os eleitos do Partido Comunista na Assembleia Municipal da Covilhã visitaram, no sábado, alguns dos bairros sociais da cidade para aferir das condições de vida dos seus habitantes.

Esta visita, que englobou o Bairro do Cabeço (Tortosendo), o Bairro da Estação, o Bairro das Nogueiras (Teixoso) e o Bairro da Alâmpada (Boidobra) permitiu, segundo os comunistas, «um conhecimento mais profundo dos problemas existentes ao nível da habitação social no concelho». Neste contexto, os deputados denunciam que «entre a Câmara e os seus inquilinos existe uma relação de imposição, de prepotência e de ameaças constantes ao despejo, procedendo a autarquia como qualquer proprietário imobiliário, esquecendo-se que tem responsabilidades sociais e de criação de melhores condições de vida para as populações». Além das dificuldades da grande maioria dos inquilinos, relacionadas com pensões baixas, desemprego e trabalho mal remunerado, o custo de vida, os valores das faturas de eletricidade e da água e os valores das rendas, os comunistas identificaram «a inexistência de equipamentos públicos, de espaços sociais e de qualquer intervenção da Câmara na conservação das habitações».

Alertam, por isso, para a «necessidade da intervenção do município, enquanto proprietário, na melhoria das condições de vida dos seus arrendatários». Os deputados comunistas defendem ainda «a criação e manutenção de equipamentos públicos e espaços sociais e a dinamização de ações que visem a plena integração de famílias deslocadas do seu ambiente natural, e que promovam hábitos e comportamentos saudáveis quer na utilização das habitações quer dos espaços comuns». Pedem também à Câmara que, «neste período de crise, de recessão e de crescentes dificuldades, ajude as famílias que residem nas suas habitações com a redução em 20 por cento dos atuais valores das rendas». Críticas e acusações já refutadas pelo vereador Paulo Rosa. Segundo o eleito, a tomada de posição do PCP «não têm qualquer fundamento» e ocorre «já em pré-campanha eleitoral», disse à Rádio Cova da Beira.

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