Arquivo

Patrões e sindicatos preocupados com liberalização dos têxteis

Reclamadas «medidas firmes» de protecção do sector na Guarda e Castelo Branco

O coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), Luís Garra, defende a necessidade de «medidas firmes» de protecção do sector têxtil e do vestuário face à liberalização do comércio mundial a partir de 1 de Janeiro. O distrito albicastrense é caracterizado pela predominância da indústria de lanifícios e confecções, agora fortemente ameaçada pela abertura das fronteiras europeias a países como a China. «Agimos como meninos bem comportados, enquanto os Estados Unidos e outros países da União Europeia tomam posições de protecção dos seus produtos e empresas», sustentou o sindicalista. O também dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB) considera que deveriam ser «assumidas medidas face à China e outros países, que não cumprem as regras mínimas do ponto de vista social, fiscal, entre outras». «Hoje temos problemas por não termos aproveitado convenientemente os fundos estruturais que a UE pôs à disposição das empresas para a sua modernização e rentabilização», destacou Luís Garra, acrescentando que «a eliminação de quotas no comércio mundial vem agravar esses problemas». José Robalo, presidente da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), sediada na Covilhã, mostra-se também «muito apreensivo» com a concretização da liberalização mundial. «O uso de cláusulas de salvaguarda das importações devia ser mais expedito, como estão a fazer os Estados Unidos», realça, afirmando que, «caso contrário, estamos a apoiar sistemas que fazem do trabalho escravo e de menores o pão-nosso de cada dia».

Sobre o autor

Leave a Reply