O primeiro-ministro está em Bruxelas, para o Conselho Europeu, mas quis responder às afirmações públicas do seu antecessor.
«Gostaria de dizer que tal convite nunca me foi dirigido», afirmou hoje o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, em Bruxelas, sobre o convite que José Sócrates diz ter-lhe dirigido para integrar o seu Governo como vice-primeiro-ministro.
«Não vou sequer fazer nenhuma observação sobre essas matérias do passado e muito menos aqui», acrescentou, respondendo a um jornalista que lhe atirara a pergunta: «Porque é que recusou o convite do Sócrates para ser vice-primeiro-minsitro». E, sobre o assunto, Passos Coelho não disse mais nada.
José Sócrates disse na semana passada à TSF, reafirmando quinta-feira na Antena 1, que convidara o líder do PSD antes da votação do PEC IV, e Ângelo Correia confirmou ao “Público” que o antigo primeiro-ministro lhe oferecera o lugar de número dois no Governo se Passos não se candidatasse nas eleições seguintes.
Na altura, Passos Coelho negou o convite, ainda segundo José Sócrates, com a justificação de que os extremos políticos ganhariam mais força. «Naturalmente não estou a reproduzir as suas palavras, mas basicamente foi a ideia que ele era contra o bloco central e que isso faria subir os extremos», precisou.