O líder do PSD, Pedro Passos Coelho e a presidente do CDS, Assunção Cristas, recebem um complemento salarial por parte dos seus partidos. Os dois declaram esse rendimento extra no registo de interesses de deputado.
Segundo o Expresso, Passos esclarece que o PSD lhe paga o montante que o ajuda a perfazer o salário de vice-primeiro-ministro. Como deputado em regime de exclusividade, recebe 3341 euros brutos (mais despesas de representação de 341 euros). O salário de vice-primeiro-ministro ronda os 4668 euros. É essa diferença que é paga. O PSD não esclarece, no entanto, por que razão o teto salarial escolhido é o do salário de vice-primeiro, cargo que poucas vezes existiu nos elencos governativos e que foi desempenhado entre 2013 e 2015 por Paulo Portas, líder do CDS.
Assunção Cristas não explica no registo de interesse que tipo de complemento salarial recebe. A assessoria de imprensa do partido afirma que recebe “o diferencial que lhe permite (acumulando com o vencimento de deputado) auferir o mesmo que recebia antes de ir para o Governo”. Mas sem revelar o montante.