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Passado do Vale do Côa em debate

Especialistas divulgam últimas investigações arqueológicas na região

Cerca de 300 investigadores portugueses e estrangeiros estão a debater, até domingo, a importância do Vale do Côa na discussão arqueológica nacional, bem como a mais-valia que representa aquele património para a região.

O III Congresso de Arqueologia de Trás-os-Montes, Alto Douro e Beira Interior, que começou segunda-feira em Figueira de Castelo Rodrigo, inclui igualmente sessões em Vila Nova de Foz Côa e Pinhel. «Com este encontro pretendemos sensibilizar as forças vivas e promover o património com o objectivo de incentivar o turismo cultural neste interior desertificado», disse António Sá Coixão, da organização. «Pensamos nós que a arqueologia é uma mais-valia para esta região do Vale do Côa, mas se não for feita uma grande aposta na sua divulgação e rentabilização, nem o património nos salva», acrescentou. Segundo o arqueólogo, o congresso também tem como objectivo «vincar bem o papel de charneira» deste vale na discussão arqueológica regional e nacional. «É no Baixo Côa que se verifica, a nível nacional, uma maior azáfama de estudiosos de vários períodos da História e da Pré-História», garante.

E espera que o Congresso fique marcado pela apresentação de trabalhos de investigação realizados recentemente na região, embora admita que «devido à falta de verbas, assistiu-se nos dois últimos anos à diminuição da investigação». O evento tem previstas oito dezenas de comunicações de investigadores, arqueólogos e outros especialistas ligados à área da arqueologia e da preservação do património. O encontro, que conta com a presença de dirigentes e investigadores do Centro Nacional de Arte Rupestre (CNART), Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC), Instituto Português de Arqueologia (IPA) e Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), entre outros, também inclui visitas de campo e oficinas.

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