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Parlamento recusa licenciados de Bolonha

A Assembleia da República lançou na semana passada dez concursos, para recrutar um total de 23 pessoas com funções de assessoria em áreas que vão das Finanças ao Direito e às Relações Públicas.

Os concursos, abertos até 5 de junho, admitem apenas licenciados mas, avança hoje o “Jornal de Negócios”, não pode ser uma licenciatura qualquer. Dos cargos são excluídos os candidatos que tenham uma licenciatura concluída já depois de o Processo de Bolonha entrar em vigor, ou seja, a partir do ano letivo de 2008/2009.

Recorde-se que Bolonha foi aprovado no Parlamento em 2005, como um processo que visava harmonizar a oferta educativa do ensino superior em toda a Europa. Caso o candidato tenha concluído a licenciatura em pré-Bolonha, pode concorrer às vagas na AR. Se tiver concluído depois, será obrigado a ter no currículo o segundo ciclo completo de Bolonha, ou seja, um mestrado. Pós-graduação não é suficiente.

O “Negócios” questionou a Assembleia, que respondeu através do gabinete do secretário-geral, Albino de Azevedo Soares: «A carreira de assessor parlamentar é uma carreira especial, que requer elevadíssima exigência». O Estatuto dos Funcionários Parlamentares deixa explícito isso mesmo: uma licenciatura de Bolonha, de três anos, não chega. São necessários os dois anos de mestrado.

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