O Sindel – Sindicato Nacional da Indústria e da Energia reuniu, no início do mês, com os responsáveis dos Recursos Humanos da Delphi para conhecer a «situação e futuro» das fábricas da Guarda e Castelo Branco. Os responsáveis da multinacional norte-americana também quiseram saber «se há alguma verdade no que tem circulado no interior das unidades de produção, nomeadamente que a Delphi teria tido dificuldades no pagamento do 13º mês, tendo inclusive recorrido a um empréstimo bancário».
O fim do pagamento de 60 cêntimos de comparticipação que os trabalhadores de Castelo Branco têm que pagar para terem direito a uma refeição foi outro dos assuntos abordados pelo Sindel. Sobre o primeiro ponto, «foi afirmado que nas unidades da Guarda e Castelo Branco existe um decréscimo nas encomendas, mas que tem sido feito um esforço muito grande de forma a evitar a aplicação de medidas que, com toda a certeza, seriam prejudiciais para os trabalhadores», adianta o sindicato. Quanto à unidade da Guarda, «há algum tempo que foi negociada a saída faseada de alguns trabalhadores e, por isso, é possível que para o final do ano isso venha a acontecer. Quanto aos trabalhadores que estão em casa há algum tempo, foi referido que, no caso de uma retoma nas encomendas, pode haver necessidade desses trabalhadores assumirem os seus postos de trabalho».
Já em Castelo Branco, «não tem havido necessidade de proceder a qualquer ajuste no número de efectivos, mas há uma pequena quebra nas encomendas, nomeadamente do cliente John Deere», acrescenta o Sindel. Sobre o 13º mês, o sindicato adianta ter sido afirmado nesta reunião que «a empresa tem feito um esforço para cumprir as suas obrigações com os seus colaboradores, nunca tendo estado em causa atrasar ou deixar de pagar aquilo a que os trabalhadores têm direito». A Delphi informou ainda que foram recebidas orientações para que, em 2009, não houvesse aumentos salariais a nível mundial.
