Num dos jogos de maior interesse da jornada inaugural da Iª Divisão Distrital, o Paços da Serra, que esta época se estreia na competição, deslocou-se a Vila Nova de Tazem para um apetecível dérbi do concelho de Gouveia.
A jogar em casa, os Vilanovenses entraram melhor no jogo e criaram duas ocasiões de perigo no primeiro quarto de hora. Aos 12’, Xará quase surpreendeu Cláudio Abrantes com um remate de meia distância que saiu ligeiramente por cima e aos 15’ o cabeceamento de Ricardo levou a bola a embater na trave da baliza forasteira. A partir daqui, os pacenses sacudiram a pressão e imprimiram um maior dinamismo ao seu jogo, chegando pela primeira vez com perigo à área adversária aos 22’, com um remate forte de Pinheiro que saiu por cima. O equilíbrio era a nota dominante, mas aos 33’ Truta ganhou a bola na área vilanovense e foi derrubado pelo guardião Óscar. O árbitro Gonçalo Martins não teve dúvidas em assinalar grande penalidade e Pinheiro, chamado à conversão, não perdoou e colocou os visitantes em vantagem. O golo pareceu espicaçar os locais, que até ao intervalo remataram por duas vezes com perigo à baliza pacense, por intermédio de Ricardo e Santiago. Contudo, o resultado não sofreu qualquer alteração até ao intervalo.
No regresso dos balneários, Francisco Cipriano tentou alterar o rumo dos acontecimentos trocando Fábio por Leonardo, mas foram os visitantes a entrar melhor, com dois remates cruzados de Pinheiro e Márcio que saíram ao lado. Os Vilanovenses só voltariam a protagonizar um lance digno de nota à passagem da hora de jogo, com Leonardo a rematar forte para uma boa defesa de Cláudio Abrantes. Pouco depois, o mesmo jogador apareceu com perigo pelo lado direito mas rematou por cima. O Paços da Serra respondeu por Pinheiro, que dominou bem a bola dentro da área e rematou forte, mas ligeiramente ao lado. O jogo apresentava-se interessante e bem disputado, com oportunidades de parte a parte, mas aos 77’ Santiago viu o segundo cartão amarelo e deixou os locais reduzidos a 10 elementos. Em vantagem numérica, os pacenses tornaram-se mais perigosos e ampliaram a vantagem ao minuto 87’. João Carlos cruzou largo da direita e Pinheiro amorteceu para Márcio, que em posição frontal atirou colocado e sem hipóteses para Óscar, sentenciando o jogo. Pouco depois, o guarda-redes vilanovense deu um “brinde” aos forasteiros, colocando a bola nos pés de João Carlos, que poderia ter sido egoísta mas ofereceu o golo a Pinheiro, levando a que o lance fosse invalidado por fora de jogo. Contudo, os visitantes haveriam mesmo de chegar ao terceiro golo, já em período de descontos. João Carlos ganhou a bola no círculo central, correu isolado todo o meio-campo vilanovense e, à saída de Óscar, ofereceu de bandeja o terceiro golo a Diogo Mota.
O resultado final premeia a equipa que esteve melhor no capítulo atacante, mas acaba por ser demasiado pesado em face do equilíbrio que marcou a partida. A equipa de arbitragem realizou um trabalho positivo.
Fábio Gomes 
