Há cerca de 150 cursos superiores com taxa de desemprego igual ou acima da média nacional, de 15,1 por cento, que abriram vagas para o próximo ano letivo. As licenciaturas com maior taxa de desemprego estão nos institutos politécnicos, indicam os dados do Ministério da Educação.
Entre as áreas de formação com maior taxa de desemprego estão os serviços de saúde pública, onde se incluem os cursos de Saúde Ambiental. Entre os seus diplomados, 18 por cento estão no desemprego, segue-se a área do Trabalho Social e de Arquivo e Documentação. Arquitetura e Urbanismo apresenta uma taxa de 14 por cento – há quase 600 arquitetos inscritos nos centros de emprego. Olhando para os cursos, Marketing e Comunicação Empresarial lecionado no Instituto Politécnico de Viana do Castelo é o que tem maior nível de desemprego, com mais de 66 por cento. No próximo ano letivo tem mais 35 vagas. Já com a maior taxa de empregabilidade está Medicina e cursos na área das engenharias informáticas. A Medicina é, aliás, o curso que continua a garantir maior nível de emprego aos seus diplomados. Há apenas um registo nos centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), dos quase 1.700 alunos que tiraram o curso na Universidade de Lisboa entre os anos letivos 2006/2007 e 2011/2012.
Entre as áreas com maior empregabilidade está também a Engenharia e Técnicas Afins com 0,3 por cento de taxa de desemprego. Aqui não está incluída a Engenharia Civil: entre os mais de 11 mil diplomados, há mil que estão no desemprego. Entre instituições, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ocupa o primeiro lugar na tabela, com perto de 16 por cento de diplomados no desemprego. Segue-se o Instituto Politécnico de Bragança, com mais de 13 por cento. Já as universidades da Madeira e dos Açores apresentam a maior taxa de empregabilidade entre os seus diplomados, seguidas da Escola de Enfermagem de Lisboa. No geral, a taxa de desemprego entre licenciados fica-se nos 8,3 por cento, bem abaixo da média nacional. O ensino politécnico é o que apresenta piores resultados, com 9,2 por cento de desemprego entre os seus alunos diplomados há mais de um ano, enquanto nas universidades esse valor cai dois pontos percentuais.
Este retrato da empregabilidade dos cursos foi atualizado pelo Ministério da Educação, a partir dos registos feitos nos centros de emprego até 31 de dezembro de 2013. A partir da listagem de 919 cursos entre os anos letivos 2006/2007 e 2011/2012, chega-se à conclusão que 172 cursos têm uma taxa de desemprego igual ou superior à média nacional, de 15,1 por cento. Destes cursos, cerca de duas dezenas já não vão abrir portas no próximo ano letivo. As candidaturas ao ensino superior público arrancaram na passada quinta-feira e decorrem até 8 de agosto.
Cursos com maior taxa de desemprego
– Marketing e Comunicação Empresarial (66,6 por cento), no Instituto Politécnico de Viana do Castelo
– Gestão de Atividades Turísticas (55,5%), no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
– Gerontologia Social (45,4%), no Instituto Politécnico de Coimbra
– Engenharia de Sistemas de Energias Renováveis (38%), no Instituto Politécnico de Viana do Castelo
– Engenharia Informática (37,5%), na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
– Vídeo e Cinema Documental (34,4%), no Instituto Politécnico de Tomar
– Animação Cultural (29,5%), no Instituto Politécnico de Leiria
– Arte e Design (28,9%), no Instituto Politécnico de Bragança
– Nutrição Humana e Qualidade Alimentar (28,3%), no Instituto Politécnico de Castelo Branco
– Design de Equipamento (27,5%), no Instituto Politécnico da Guarda
Cursos com menor taxa de desemprego
– Medicina (0%), na Universidade de Lisboa
– Gestão (0,2%), na Universidade dos Açores
– Engenharia Informática + Design de Media Interativos (0,3%), na Universidade da Madeira
– Enfermagem (0,4%), na Universidade da Madeira
– Enfermagem (0,4%), na Universidade dos Açores
– Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (0,4%), no Instituto Superior Técnico
– Ciências da Educação (0,5%), na Universidade da Madeira
– Engenharia Informática (0,5%), na Universidade de Coimbra
– Getsão (0,5%), na Universidade da Madeira
– Economia (0,6%), na Universidade da Madeira