P – A associação Instinto comemorou recentemente um ano de atividade. Que balanço se pode fazer deste primeiro ano?
R- O balanço do nosso primeiro ano de existência é muito positivo. Foi um ano intenso, muito exigente para todos os membros da Instinto, mas tem sido realmente gratificante verificar como crescemos tanto em tão pouco tempo. A Instinto acompanhou neste período de tempo perto de 250 animais, entre cães e gatos, o que é um número muito significativo para uma associação tão jovem, sem instalações, e sem qualquer apoio externo.
P – Qual teria sido a prenda ideal para a associação?
R – A prenda realmente ideal teria sido acordarmos no dia do nosso aniversário e ter-se dado uma mudança de mentalidades e de princípios na sociedade em relação à forma como trata os animais. Aí, a Instinto já não seria mais necessária. Sendo mais realistas, desejamos e necessitamos, cada vez mais, de um espaço onde possamos ter as nossas próprias instalações e onde pudessemos recolher e albergar animais abandonados.
P – Até que ponto, as redes sociais têm sido importantes para divulgar a atividade da associação?
R – As redes sociais têm sido fundamentais na divulgação da Instinto. Hoje em dia, a sua utilização é a forma mais rápida de comunicar com um número elevado de pessoas e de chegar a mais lados em menos tempo. A maior parte dos contactos que a Instinto recebe resultam da divulgação feita através do facebook, no qual temos atualmente mais de 4.500 seguidores.
P – A crise atual é propícia a que haja mais abandonos de animais?
R – Pode considerar-se que sim. A Instinto recebe um número significativo de contactos feitos por pessoas que querem entregar os seus animais por não terem condições para os manter, ou por se verem obrigados a mudar para casas mais pequenas, onde acham que eles já não cabem. A nosso ver, esta é apenas mais uma desculpa, somada a outras que já existiam e que, para nós, nunca serão justificativas. Quando há amor e dedicação, cabe sempre mais um. Os animais fazem parte da família e não merecem ser descartados à primeira contrariedade.
P – Quantos animais foram adotados no primeiro ano de atividade?
R – Neste primeiro ano de atividade foram encaminhados para adoções responsáveis cerca de 130 animais, entre cães e gatos.
P – São necessários mais voluntários para ajudar na Associação?
R – A Instinto tem uma rede de cerca de 100 voluntários inscritos. Parecendo um número muito significativo, é difícil avaliar até que ponto serão ou não suficientes. A verdade é que destes, apenas pouco mais de uma dezena colabora ativamente nas tarefas diárias da associação. O facto da Instinto ainda não ter instalações próprias e um local onde possa receber estes voluntários acaba por contribuir negativamente para esta situação.
P – Têm ajudado mais cães ou gatos?
R – Pensamos que os números estão mais ou menos equilibrados entre os dois.