A delegação da Ordem dos Médicos (OM) da Guarda está sediada desde a semana passada num imóvel recuperado em pleno centro histórico da cidade. Depois de nove anos instalada num edifício arrendado, esta era a única estrutura da OM a nível nacional que ainda não dispunha de uma sede própria. Uma falha agora compensada. A Câmara da Guarda comparticipou na recuperação do edifício com 75 mil euros e o projecto arquitectónico foi elaborado pelo Gabinete de Apoio Técnico (GAT) da Guarda. Em contrapartida, a Ordem comprometeu-se a realizar mensalmente um colóquio destinado ao público em geral sobre diversos temas de saúde, os quais têm acontecido no Paço da Cultura.
A recuperação do edifício situado na rua D. Sancho I e Largo do Passo do Biu «é uma mais-valia para a revitalização do centro histórico», refere Reis Marques, presidente do Conselho Regional Centro da Ordem dos Médicos, para quem esta nova sede vai permitir «uma maior relação da Ordem e dos médicos com a própria a cidade e a população» através da realização de vários eventos, como exposições ou reuniões científicas. A partir de agora os médicos «já tem uma casa que é deles», sublinhou o dirigente, adiantando que este é um novo local «para se encontrarem e discutir reformas da classe, tanto do distrito, como do país». Já a parceria entre a autarquia e a Ordem foi uma «ajuda substancial», pois permitiu a recuperação deste imóvel degradado. «O nosso principal objectivo foi concretizado», adiantou com grande satisfação Reis Pereira, presidente do Conselho Distrital do Distrito Médico da Guarda, que anunciou que o próximo consistirá na dinamização dos médicos «para que eles desfrutem desta casa». Um propósito que irá nortear o próximo mandato, ao qual a sua equipa, que cessa funções em Dezembro, vai recandidatar-se, como “O Interior” já tinha adiantado há quinze dias. A nova sede tem as portas abertas «não só aos associados, mas também a todos os médicos do distrito». Apesar de admitir que teria sido «mais fácil e mais rápido» optar por um edifício novo em vez da recuperação, o responsável distrital considera que esta é uma «obra importante» para toda a comunidade, uma vez que dinamiza a área nobre do centro histórico. Por outro lado, a sua escolha ficou a dever-se à sua «beleza arquitectónica» e à sua «excelente localização», argumenta Reis Pereira. A sede está ainda decorada com obras de arte originais oferecidas por catorze artistas plásticos da região.