Cento e vinte militares do Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE), de Lamego, estão a participar, até dia 15, na Serra da Estrela, num exercício terrestre sem execução de fogos reais. As actividades vão concentrar-se nas zonas do Covão da Ametade, Cântaro Magro e Torre, que estão actualmente cobertas de neve. «O exercício é programado propositadamente para esta altura para que as condições sejam mais adversas», explicou o tenente-coronel Domingos, do Centro de Instrução de Operações Especiais. Por entre «deslocamentos apeados e em viaturas» ao longo do maciço central da Serra da Estrela, «vão ser praticados o “rappel” e a escalada, a par de um conjunto de medidas de apoio ao homem e equipamento e exercícios de comunicações», referiu. São treinos cuja aplicação prática decorre «dos compromissos internacionais assumidos pelo nosso país, nomeadamente com a NATO e os países europeus», acrescentou o tenente-coronel Domingos. Segundo este responsável, o CIOE é «um pouco diferente das outras unidades operacionais». No terreno, «o nosso produto operacional representa mais de dois terços dos efectivos e a carga administrativa e de apoio tem um peso inferior a um terço», enquanto noutras unidades do exército se passa o inverso, esclareceu. Os 120 homens que até segunda-feira vão passar pelo exercício na Serra da Estrela representam cerca de metade do efectivo do Centro de Instrução de Operações Especiais. Aquela força militar garante que serão executadas rigorosas medidas de segurança no sentido da salvaguarda de pessoas e bens.
