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“Open” de parapente em Linhares já é uma certeza

Prova deverá decorrer na segunda quinzena de Agosto

A realização do Open de Parapente do Inatel em Linhares da Beira este ano já é uma certeza. Recorde-se que a organização da tradicional prova na Aldeia Histórica tinha ficado envolta em dúvida, em Abril, aquando da reunião que juntou à mesma mesa responsáveis da Câmara Municipal de Celorico da Beira e do Inatel, depois do surgimento de alguns problemas da aterragem dos pilotos e da saída de Vítor Baía da Escola de Parapente. A data para o Open é que ainda não está decidida, mas tudo aponta para que tenha lugar na segunda quinzena de Agosto.

António Caetano, autarca celoricense, garante que já «é uma certeza que o Open de Parapente de Linhares da Beira se vai realizar» este ano. De resto, e «apesar de se ter empolado um pouco o assunto», o edil sublinha que sempre disse que «nunca estaria em causa a realização» do evento, em virtude de Linhares «continuar a ser uma referência a nível do país relativamente à prática do voo do parapente», assevera. Ainda na semana passada, alguém ligado à Federação de Voo Livre confidenciou a Caetano que «perante outras estruturas que neste momento estão a aparecer», e que optou por não referenciar, que «Linhares oferece as melhores condições porque a Escola de Parapente continua a assumir-se como a melhor do país que oferece óptimas condições de segurança», adianta. Em relação à data em que o Open vai ter lugar, Caetano indica que «em princípio» vai decorrer na segunda quinzena de Agosto, mas tudo «tem que ser articulado» com a Federação de Voo Livre e o Inatel, com a autarquia a «garantir condições ao nível da pista de descolagem e aterragem», indica.

Na reunião realizada em Abril, Alberto Antas de Barros, membro da direcção do Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres (Inatel), sublinhou ser necessário «repensar» o processo para a realização do “Open” de parapente em Linhares, de forma a apurar «se efectivamente ainda vamos a tempo» de organizar um evento que traz anualmente à região os melhores especialistas nacionais da modalidade. Contudo, o optimismo prevalecia, existindo a convicção de que, em termos de calendário, «ainda» existiria «disponibilidade para organizar esta competição», tal como se veio a confirmar. De resto, Antas de Barros salientou, na altura, que o «futuro» do parapente em Linhares da Beira «está perfeitamente assegurado e reforçado», ao mesmo tempo que reforçou a ideia de que a Aldeia Histórica se mantém como «o “santuário”» da modalidade em Portugal. O surgimento de outras actividades desportivas em Linhares, de forma a poder «enriquecer ainda mais o projecto» e alargar o leque de interessados, bem como assegurar a melhoria das condições logísticas e de permanência, foram outros dos assuntos focados. Desta forma, desportos radicais, marcha de montanha e o BTT, entre outros, são alguns atractivos que, em união com «novas estruturas criadas recentemente», como o caso da pousada de Santa Eufémia, ajudarão a «criar uma procura bastante intensa de gente preocupada e interessada em frequentar estas modalidades», afirmou o membro da direcção do Inatel.

Por seu turno, António Caetano sublinhou ser «necessário fazer algumas obras de conservação» na Casa do Parapente, que passará a denominar-se albergaria do alcaide José Sousa Ramos, já que a actual designação «induz em erro», pois leva a pensar que é um espaço para uso exclusivo dos parapentistas», o que na realidade não se verifica. De resto, já existe um «entendimento» entre o Inatel e a Câmara para melhorar as condições de habitabilidade da estrutura. Numa primeira fase, a Câmara irá avaliar tecnicamente onde é necessário intervir para arranjar depois «uma solução financeira que não traga prejuízos», nem para a autarquia, nem para o Inatel, que continuará a ser «o grande promotor e a ter a capacidade de divulgação necessária desse equipamento e do parapente», diz. Outra mudança previsível no funcionamento da Casa do Parapente é a passagem da gestão do espaço, até agora a cargo do Inatel, para a Junta de Freguesia, «um interlocutor privilegiado» no processo.

Ricardo Cordeiro

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