A construção da Igreja da Estação, perto do Jardim do Lago, já recomeçou após uma interrupção de três anos. As obras pararam em Abril de 2002 devido a erros técnicos. «Os trabalhos iniciaram-se há cerca de dois meses, embora estejam numa fase muito insípida», confirma Rui Ramos, responsável pela construtora Lambelho e Ramos, uma vez que falta receber da Comissão Fabriqueira o «projecto de estruturas» para corrigir os erros e «reforçar as fundações», adianta.
No entanto, as alterações paisagísticas já se fazem sentir. É que os inúmeros pilares e ferros enferrujados ali surgidos já desapareceram, conferindo ao local um aspecto mais limpo. Contactado por “O Interior”, o padre Rafael, da Comissão Fabriqueira, reconhece o atraso na entrega daquele documento, mas garante que o mesmo «já está a ser tratado pelos projectistas». O atraso, justifica, deve-se aos «inúmeros cálculos que o projectista tem que efectuar para que os pilares possam coincidir». Contudo, mostra-se «bastante satisfeito» pelo arranque das obras, se bem que ainda persistam os problemas financeiros. Apesar da «generosidade dos fiéis», o que «faz falta para levar a cabo o empreendimento sem entraves são os rendimentos provenientes da concessão do silo e os subsídios prometidos pelo Governo», nomeadamente 750 mil euros anunciados pelo ex-ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, José Luís Arnaut, em Outubro do ano passado. Já o silo-auto da igreja será explorado por 55 anos pela construtora.
O novo templo, baptizado Igreja da Santíssima Trindade, contempla 400 lugares sentados, anexos suficientes para serviços de apoio e pastorais, capela exterior para serviços da semana, dez salas para catequese e uma capela mortuária. Possui ainda uma cripta que «será aproveitada para um agrupamento de escuteiros». A obra deverá estar pronta em 2006, mas Rui Ramos espera conclui-la antes da Páscoa desse ano. O empreendimento, ambicionado há mais de 20 anos, terá um custo aproximado de 1,2 milhões de euros.
