P – Que balanço pode fazer da época que agora termina?
R – A época foi tremendamente difícil. A segunda Liga é muito competitiva e o Sporting da Covilhã teve muitas dificuldades para atingir o objectivo. Mas não correu nada mal, porque conseguimos a manutenção e quando assim é temos que estar de parabéns. Sabemos que o lugar que ocupámos não condiz com a equipa que tivemos ao longo da época, mas o futebol é um jogo. Ainda assim, não correu tão mal quanto possa parecer.
P – Quais os objectivos para a nova época?
R – Os objectivos passam pela manutenção, tentando fazer melhor que na época passada. Logo que o clube fique numa posição acima da “linha de água”, está cumprido o objectivo. A meta do Sporting da Covilhã nunca pode ir além da manutenção neste escalão, mas aquilo que nós desejamos é que isso aconteça sem sobressaltos e com tranquilidade.
P – Já há treinador e alguns reforços para a próxima época?
R – Neste momento ainda nada está definido porque o clube está de férias. Temos muito tempo para tratar disso e vamos fazê-lo com calma para não cometermos muitos erros. Ainda ninguém está contratado, mas quando começarmos a trabalhar, a 5 de Julho, já teremos jogadores, treinador e o clube a funcionar normalmente.
P – Pensa que a nova sede, agora inaugurada, poderá dar mais visibilidade ao clube e contribuir para o aumento do número de sócios?
R – A sede é a casa dos sócios, e esta tem todas as condições, é acolhedora e virada para o futuro. Esperemos que venham mais sócios. Agora, o Sporting da Covilhã já é um clube que tem visibilidade e não será esta sede que irá mudar muito o estatuto já adquirido ao longo do tempo. É um património do clube, sendo a primeira sede que é mesmo
do Sporting da Covilhã, pelo que temos que estar muito satisfeitos com a nova sede.
P – O que é o clube precisa para ter uma época mais tranquila que a anterior? Passa por mais apoios financeiros?
R – Precisamos de atingir os 5.000 sócios, já que neste momento temos cerca de 3.200. Era um número que nos ia ajudar bastante, até para tirar daí dividendos. Por outro lado, precisamos que a cidade, em termos empresariais, nos ajude mais, pois é muito difícil um clube do interior competir nesta divisão. Atingida a meta dos 5000 sócios, havendo um trabalho mais profundo junto das empresas, penso que é natural que o Sporting da Covilhã se consiga manter na segunda Liga por muitos anos.
P – O Sporting da Covilhã vai fazer parte da direcção da Liga Profissional de Futebol. O que é que isso representa para o clube?
R – Significa que somos um clube credível e que as pessoas têm confiança no presidente e no clube. É, para nós, muito satisfatório, é sinal de muita credibilidade e de que estamos no futebol com intenção de melhorar e de trabalharmos para esse fim, que é aquilo que os clubes da primeira e segunda Ligas estão a fazer, para que o futebol seja cada vez melhor e mais transparente. Nesse sentido, o Sporting da Covilhã está de parabéns, porque está na elite do futebol português.
