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«O regresso do futsal sénior não depende unicamente da nossa vontade»

Cara a Cara – Silva

P – O apoio de 50 mil euros que a Câmara da Covilhã atribuiu à coletividade por altura do seu 50º aniversário é uma boa prenda?

R – Claro que é uma boa prenda de aniversário que nos vai permitir resolver algumas situações graves que temos pendentes, nomeadamente em relação às instalações.

P – Esse dinheiro vai ser aplicado onde?

R – O subsídio vai ser atribuído em três alturas diferentes. Há uma parte de 10 mil euros que já recebemos e que estamos a canalizar para questões mais urgentes, que têm a ver com o voltarmos a inscrever equipas de futsal e outras questões internas mesmo muito prementes de requalificação do telhado. Depois, haverá outra tranche de 10 mil euros em janeiro e os restantes 30 mil euros serão concedidos através de um empréstimo bancário a partir de fevereiro.

P – As obras na sede são uma prioridade neste momento? Considera que a melhoria das condições poderá servir para atrair mais pessoas à coletividade?

R – As obras são uma prioridade e esperamos que possa cativar mais gente, mas também achamos que não é por causa disso que os sócios virão mais porque as condições atuais também não estão assim tão degradadas. O problema é que quando está mau tempo e chove nota-se mais essa degradação.

P – Quantos sócios tem atualmente o GDM? Gostaria de ter mais?

R – Temos cerca de mil associados. São um pouco menos agora porque houve revisão do ficheiro há pouco tempo e está tudo limpo, pelo que está quase nos mil. É um número que gostaríamos de aumentar mas a coletividade também nunca andou longe dessa marca. Temos associados de toda a cidade, embora a maioria seja do Bairro Municipal e do Bairro da Biquinha. Aqui nesta zona não há nenhum agregado que não tenha mais do que um sócio.

P – O regresso do futsal de formação, com a inscrição de iniciados e juvenis, pode ser o primeiro passo para o GDM voltar a competir no escalão sénior, onde tem bastante tradição?

R – Não sabemos o que vai acontecer no futuro. Nós fomos a primeira equipa do interior que andou na Iª Divisão, depois as condições foram sendo cada vez mais difíceis para manter o futsal sénior, até que tivemos que parar. Isto para dizer que o regresso desta modalidade não depende unicamente da nossa vontade. Se fosse assim era fácil. Confesso que gostaria, mas as condições são mais complicadas. Se tivéssemos conseguido fazer o pavilhão no devido tempo, como estava previsto, as coisas tornavam-se mais simples. Mas assim andamos à procura de pavilhões para treinar e jogar, o que implica uma despesa bastante alta e, em termos logísticos e de transportes, é complicado, mesmo nas camadas de formação. Hoje, os campeonatos de seniores são cada vez mais exigentes e não é fácil.

P – A conclusão das obras no polidesportivo terá então de ficar para mais tarde?

R – Sim, porque não temos capacidade financeira para as concretizar e também estamos dependentes de outros apoios e de outras possibilidades e considerando a situação económica do país quer-me parecer que não será tão depressa.

«O regresso do futsal sénior não depende
        unicamente da nossa vontade»

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