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«O PPM está a concorrer a 30 autarquias, só com jovens»

Ricardo Torrão, candidato pelo PPM à Câmara da Covilhã

P- É a primeira vez que o PPM concorre à Câmara da Covilhã. O que o motivou a formar esta lista?

R – Tudo partiu de um convite feito pelo vice-presidente do partido, Gonçalo da Câmara Pereira, que é meu amigo pessoal. Aceitámos o desafio, mas sempre conscientes de que, nestas eleições, o nosso objectivo não é ganhar seja o que for. Pretendemos sim dar alguma notoriedade ao partido, que de resto tem estado como que esquecido no contexto regional. Por isso, e durante os próximos quatro anos, queremos reavivá-lo e dar-lhe uma nova dimensão junto das populações. Nesse sentido, entendemos que a melhor solução passaria pela candidatura à Câmara da Covilhã por trazer maior notoriedade.

P- Portanto, os resultados não são importantes nestas eleições?

R- Não, de todo. Obviamente que ficaremos satisfeitos se tivermos um resultado favorável. Porém, neste momento, e tratando-se da primeira incursão do partido na política regional, entendemos que o primeiro resultado, seja ele qual for, será sempre positivo.

P-Como disse, o PPM não possui grande notoriedade à escala regional. Nesse sentido, acredita que os covilhanenses estão conscientes da existência desta lista?

R- Sim, em absoluto. Na verdade, existem muitas pessoas com ideais monárquicos em diversas vertentes políticas. Depois de termos lançado a candidatura e de ter sido noticiada na comunicação social, houve muita gente que nos contactou com o intuito de nos felicitar pelo projecto. Assim, o primeiro objectivo até já está, em parte, atingido, uma vez que começámos a sentir algum apoio. Talvez por eu ser também uma pessoa conhecida na Covilhã, muita gente já me manifestou o seu apoio. Estamos a ter a uma receptividade extraordinária.

P- Quais são as principais ideias que irão defender ao longo da campanha eleitoral?

R- Somos pessoas muito lineares a esse respeito e não temos os cartazes que os outros partidos têm, até porque, como é sabido, os apoios políticos chegam depois de uma primeira eleição. Mas acreditamos que a Covilhã está a ser bem conduzida. De resto, apresentámos uma lista não para criar mais um conflito, mas antes para apoiar quem ganhar as eleições. Mesmo assim, pensamos que a Covilhã deveria ter uma política de continuidade para dar seguimento ao que tem sido feito até aqui. Muitas vezes critica-se de forma irracional quem está nos comandos da cidade, mas a verdade é que só quem lá está é que sabe como há-de gerir e contornar as situações da melhor maneira. Por outro lado, uma das nossas apostas tem sido procurar alistar pessoas jovens. Queremos refrescar a política regional com juventude e isto é o que procuraremos fazer nos próximos quatro anos. De resto, no passado, o PPM tem-se candidatado sempre e apenas a cinco ou seis Câmaras a nível nacional. No entanto, este ano estamos a concorrer a perto de 30 e só com pessoas jovens. Trata-se de uma aposta a longo prazo.

P- Qual o aspecto negativo que aponta ao mandato de Carlos Pinto?

R- Na Covilhã, 90 por cento do que foi feito foi extremamente bem conseguido e, nesse sentido, não consigo apontar nenhum aspecto menos positivo ao seu mandato. Não pretendemos sequer criticar, mas antes apresentar sugestões e alternativas. Para além disso, considero que Carlos Pinto tem um perfil adequado ao que se pretende para a Covilhã, uma vez que está dentro dos assuntos da Câmara como ninguém. A cidade teve um grande desenvolvimento relativamente aos outros aglomerados das Beiras e isso deve-se, indubitavelmente, a quem a comanda.

P-E o aspecto mais positivo?

R- O posicionamento da Covilhã no contexto regional. Quem aqui chega e nos visita, encontra uma cidade que não estagnou e isso é muito bom para os covilhanenses. A Covilhã é hoje uma cidade bem organizada, com espaços verdes e de lazer. Acredito que muitas vezes as pessoas que criticam não têm legitimidade para o fazer. Como já disse, nós somos uma lista que pretende afirmar-se como alternativa e queremos, acima de tudo, dar ideias para situações menos desenvolvidas.

P-O que falta fazer pela Covilhã?

R-Uma situação que para nós é importante, não só na Covilhã, mas também na generalidade do país, prende-se com as dificuldades de acesso das pessoas deficientes aos edifícios públicos. Esta é uma ideia que queremos transmitir a quem dirige a cidade.

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