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O Movimento Cívico da Guarda e as estruturas em matéria de saúde

O Movimento Cívico reuniu, a 21 de Julho, com o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), em Coimbra, de forma a discutir e entregar um dossier sobre vários assuntos do domínio da saúde no distrito. (…) Indicamos a seguir os aspectos mais relevantes abordados na reunião, bem como as respostas e informações prestadas (…):

1. Temos defendido a constituição do Grupo Hospitalar da Beira Interior, englobando, designadamente, os hospitais da Guarda, Castelo Branco e Covilhã, o que determinaria a existência de um Conselho de Administração (CA) autónomo para cada hospital. Conforme nos foi transmitido, está superiormente decidida a criação do Centro Hospitalar da Beira Interior, onde será integrado o Hospital Sousa Martins, ficando essa estrutura sob orientação de um único CA.

2. No quadro do futuro CHBI, será estabelecida uma adequada complementaridade entre os diversos hospitais de modo a que o Sousa Martins não venha a ser minimizado ou subalternizado relativamente às valências actualmente existentes. As valências encontram-se já definidas, não existindo, todavia, um documento definitivo. De registar, entretanto, que essa complementaridade só será implementada após a criação do CHBI. Entretanto, foi-nos adiantado que o Hospital da Guarda sairá beneficiado face às valências que, neste momento, dispõe.

3. Sobre a construção do novo hospital, o presidente da ARS afirmou ter sido já politicamente assumida a sua amplificação/requalificação, adiantando estar também empenhado em que o processo atinja um estádio de irreversibilidade o que, como disse, constitui apenas uma questão de tempo. Em todo o caso, foi peremptório em declarar que isso acontecerá ainda durante o presente mandato.

4. Quanto à maternidade da Guarda, foi-nos comunicado que se encontram, ainda, em curso a recolha e o estudo de todos os elementos, pelo que não foi tomada qualquer decisão. Isto significa, claramente, que as notícias ou posições até agora adiantadas, seja por comissões, seja por órgãos da comunicação social, não correspondem à verdade, podendo ser interpretadas como meras indicações, como formas de pressão ou como mensagens mais ou menos preparadas. A recente notícia difundida pelo “Jornal do Fundão”, segundo a qual a maternidade vai ficar no hospital da Covilhã, é classificada pelo Prof. Fernando Regateiro como “especulação pura”, tendo mesmo sido já objecto de desmentido pelo próprio. Nesta matéria, o CA do futuro CHBI terá a última palavra.

5. Com a proposta de encerramento dos SAP (Serviços de Atendimento Permanente), está prevista a criação de algumas Unidades Básicas de Urgência (UBU). O distrito da Guarda é o único onde todos os concelhos dispõem de um SAP, pelo que o encerramento ou alteração de funcionamento desse serviço resultará sempre de uma oportuna interacção com os autarcas e os responsáveis dos Centros de Saúde locais. Todavia, nenhum deles encerrará antes de se encontrarem perfeitamente definidas e apetrechadas as UBU a criar. (…)

6. Quanto à criação de um Centro de Saúde, foi-nos referido que está em equação a construção de duas ou três unidades de menor dimensão, sendo, assim, possível criar várias centralidades e efectuar uma melhor cobertura da cidade. O Movimento Cívico defende a construção de raiz de duas unidades de qualidade, para além da que já existe na zona da estação.

Pel’O Movimento Cívico da Guarda

José Manuel Mota da Romana

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