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«O mais importante é ensinar o público a gostar dos espectáculos»

Pedro Figueiredo sugere Bienal de Artes Plásticas para Sala de Espectáculos da Guarda

«É um projecto que tem de ser pensado a longo prazo». Esta é a opinião do escultor guardense Pedro Figueiredo, cuja definição específica do público-alvo de uma sala de espectáculos como a da Guarda é mais importante: «É essencial para estabelecer posteriormente uma programação coerente», defende. Mais do que criar «grandes expectativas», este projecto deve servir para «ensinar as pessoas a serem exigentes em relação à cultura e criar condições que despertem interesse para os espectáculos». Iniciativas específicas para crianças e jovens são algumas das ideias que o escultor gostaria de incluir numa possível programação cultural da sala de espectáculos, que tem que ser «forçosamente» diversificada. Para além da habitual música e teatro, o escultor sugere a organização de uma Bienal de Artes Plásticas, com escultura, desenho, fotografia e a atribuição de prémios para os melhores projectos, a reverter posteriormente para a cidade, a par da promoção de encontros de artistas, seminários e “workshops” que trariam à Guarda um artista convidado, bem como a realização de exposições ao ar livre. Uma iniciativa que pode resultar positivamente se «à imagem da Bienal de Vila Nova de Cerveira, hoje conhecida internacionalmente, esta sala de espectáculos criar condições para receber o público e souber aproveitar a sua posição de proximidade com Espanha», adianta. Segundo Pedro Figueiredo, a tendência para pensar em «projectos megalómanos» deve ser evitada, o mais importante é «ensinar o público a gostar dos espectáculos». O projecto é «elitista, como tudo o que tem a ver com as artes», mas o escultor acredita que a longo prazo resultará «positivamente».

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