O INTERIOR tem 18 anos. Teve dores de crescimento, teve crises de adolescência. Fez birras, rezingou, protestou, e apaixonou-se vezes sem conta. Pela juventude foi directo, idealista, temerário. Procurou a verdade e o sentido da existência. Mas nunca perdeu o olhar terno e agudo de quem nada lhe escapa. De quem sabe, mas pergunta. De quem conhece, mas não desiste.
O INTERIOR tem 18 anos. Ficam-lhe bem a ganga rasgada e traje de gala. Aprendeu a conduzir pelas curvas das histórias. Sai de casa sem hora marcada para chegar.
O INTERIOR tem 18 anos. Já se pode casar, já pode comprar álcool, já pode votar. E eu, finalmente, já o posso levar para a cama.
Por: Nuno Amaral Jerónimo