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O futuro da música segundo César Prata

Músico e compositor estreia o seu último disco “Futuras Instalações” no TMG, no sábado à noite

O cantautor César Prata estreia o seu novo disco sábado à noite no TMG. Intitulado “Futuras Instalações”, este álbum é «mais um somatório do que uma mudança» em relação aos trabalhos anteriores do músico natural da Guarda mas a residir em Trancoso.

«É um disco que, ao fim destes anos todos, tive necessidade de fazer. É, digamos assim, uma espécie de estado da arte, uma declaração pessoal acerca do trabalho musical», adianta César Prata a O INTERIOR. O álbum resulta de um trabalho totalmente a solo de o autor, que escreveu letras, compôs a música e produziu. Em “Futuras Instalações” há dois temas instrumentais e canções tradicionais e originais, «algumas das quais a partir de textos da tradição e outras a partir de poemas de Fernando Pessoa e de Américo Rodrigues», refere o músico. Com pouco mais de 53 minutos, o concerto de sábado será dedicado exclusivamente a este último trabalho e nele o cantautor vai usar diferentes recursos de especialização sonora, «recorrendo a mais fontes de som do que as tradicionais duas “colunas” à frente», antecipa. No texto de apresentação do disco, César Prata escreve que «instrumentos acústicos, objetos sonoros, “laptop”, programações e voz (re)unem-se para construir a massa sonora que faz de “Futuras Instalações” um concerto surpreendente do ponto de vista sónico, aplicando princípios de desenho e espacialização do som».

Mentor de projetos como Ai!, Chuchurumel, Assobio ou Canções do Ceguinho, o músico de 50 anos tem trabalhado com inúmeras coletividades no âmbito da recolha e divulgação da música tradicional e da tradição oral – nomeadamente nos grupos de cantares da Sequeira e Ronda do Jarmelo. Criou e assegurou a direção musical de vários espetáculos e compôs para teatro, tendo ainda colaborado regularmente com o Projéc~, a estrutura de teatro do TMG. Do seu longo currículo destacam-se, entre outros factos, o concerto no festival “Músicas do Mundo”, em Sines, e a distinção atribuída pelo “Jornal de Letras” a “Canções de Cordel”, considerado um dos melhores discos portugueses de 2011, ao lado de trabalhos de artistas consagrados como Fausto, Jorge Palma e Sérgio Godinho. De resto, esse álbum integra a coleção “A Ieltsar se vai ao longe”, do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Universidade Nova de Lisboa. O concerto tem início pelas 21h30.

César Prata tem-se dedicado à música tradicional e da tradição oral da região

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