Arquivo

O coveiro do IPG

Cada vez mais gente está consciente de que uma cidade, uma região, sem ensino superior é cada vez menos. Se calhar não é por acaso que, quando o IPG era tido como o “príncipe dos Institutos Politécnicos”, a cidade ombreava com ombreava com Viseu, enquanto a Covilhã e Castelo Branco viam-na à frente, no horizonte.

É indubitável que o ensino superior regrediu na Guarda e com ele a cidade. Ao invés, o ensino superior em Castelo Branco, Covilhã e Viseu progrediu e ajudou a catapultar estas cidades e respectivas regiões para um progresso que é de todos visível e que se não pode escamotear. Quem dirige os desígnios do IPG, distraído – ou talvez não – entretém-se a criar pólos em Seia, ultimamente em Gouveia, e com isto leva para lá os melhores cursos e recursos, praticando uma gestão que não se entende – ou talvez sim – mas conduzindo o Instituto para uma situação que cada vez mais gente pensa ser irreversível.

Há quem pense – eu penso o mesmo – que não fora a ESEG, a tal escola que há dois anos teve o melhor desempenho no todo nacional em termos de preenchimento de vagas, a escola dirigida pelo professor Joaquim Brigas, o tal que desde sempre se tem oposto a esta política de destruição do ensino superior na Guarda, e o desempenho do IPG de mau passaria a péssimo.

É evidente que toda esta situação tem um responsável principal, que concerteza tem um rosto e um nome. Chama-se Jorge Mendes, é presidente do IPG, é originário de Gouveia e, de recurso judicial em recurso judicial, mantém-se a praticar uma gestão que é danosa para a Guarda e a sua região. É o que eu penso.

Luís Soares, Guarda

Sobre o autor

Leave a Reply