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«O cancro é uma doença sem rosto que procura cada um de nós»

Cara a Cara – Ana Castanheira

P – Quais os principais objetivos do movimento?

R – Os principais objetivos deste projeto, inserido no âmbito da Liga Portuguesa Contra o Cancro, é a angariação de fundos e, associada à luta contra o cancro, é recordar precisamente aqueles que partiram e ajudar os que ainda estão nesta luta tão difícil.

P – A adesão, até agora, tem sido satisfatória?

R – Sim, tem sido muito satisfatória. Já temos cerca de 40 equipas e 500 pessoas envolvidas. Devo dizer que as instituições, escolas, empresas, entre outras, estão a aderir de uma forma muito positiva a este projeto.

P – O que irá ser feito ainda?

R – O projeto foi iniciado a 29 de março, durante esse mês e no seguinte não houve muita atividade, foi mais para formação de equipas. Em maio já foram feitas bastantes atividades, mas agora, a partir de junho e até julho, vai haver muitas mais aliadas a eventos, sempre com uma adesão bastante grande, como este. Temos planeada uma ópera no TMG e um mega piquenique, entre outros. Todas estas ações têm a sua importância, apesar de algumas terem mais gente que outras.

P – Têm indicação de quantas pessoas são afetadas pelo cancro no distrito?

R – O número exato não, mas é bastante elevado. Por exemplo, cada vez há mais gente com cancro no estômago, por isso, o que pretendemos com este projeto é, precisamente, levar às pessoas toda a informação, prevenção e rastreios que necessitem. A partir desta motivação toda, desta alegria, queremos que as pessoas se envolvam na causa, não só pelo divertimento, mas numa componente mais pedagógica e elucidativa do que é o cancro e do que se pode fazer para lutar.

P – Todas estas atividades vão culminar em algo de concreto no futuro?

R – Este projeto tem a duração de, sensivelmente, três meses, como membro da comissão local, aceitei este desafio para que ele não parasse por aqui, tendo uma continuidade depois dos três meses estipulados. Queremos, assim, alargar os serviços na Guarda, queremos que haja consultas de Psico-oncologia, desejamos também abrir uma sede mais ampla e chegar a um maior número de pessoas no distrito.

P – É uma forma de pôr em contacto pessoas com cancro com pessoas que não têm?

R – Eu penso que é o grande objetivo dos eventos, não é só para as pessoas que venceram o cancro ou que estão em fase de vencer, mas para toda a comunidade, mesmo aqueles que não passaram por essa doença. No fundo, isto tem uma mensagem especial, o cancro pode bater a qualquer porta, todos nós estamos sujeitos, não há distinção, é uma doença sem rosto que procura cada um de nós.

Ana Castanheira

«O cancro é uma doença sem rosto que procura
        cada um de nós»

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