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O caminho… Seguro do PS?

Meu caro Tó Zé (António José Seguro):

As palavras que proferiu, nos seus precisos termos, comoveram-me por justas e corajosas, e honram o nome dos seus pais, que conheci, e que estimo.

Porém, no meu íntimo provocaram-me algum temor, aconselhando-se uma estratégia menos carregada de afrontamento interno.

É que o Tó Zé poderá (tem valor, capacidade e inteligência para isso) reenquadrar o partido, novas gerações e juventude, e gente exterior ao PS, à sua volta sem afrontar o aparelho e os barões.

Confesso, temi quando o ouvi, pelo seu esmagamento político, e o Tó Zé é demasiado importante para o perdermos, Portugal precisa de si e de pessoas na política com o seu carácter.

Permita-me o conselho, não impluda assim tão directamente para dentro, sem o que seu esforço resultará inglório, evite que internamente o destruam. É demasiado importante para fins mais elevados, dada a sua excelente sensibilidade social e qualidades de inteligência que todos conhecemos, lembrando-nos António Guterres.

Tem, pois, todas as condições para ir longe, mesmo sem aparelho e sem os denominados barões, mas com muitos, com a juventude e outros que confiarão, mas com mais sensibilidade interna, embora contra a teimosia actual.

João Castanho, Guarda

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