Arquivo

O azar de uns foi a sorte de outros

Vilar Formoso bateu Pinhelenses por 2-1 num jogo que os visitantes não mereciam perder

Há quem diga que não há justiça no futebol e o encontro entre Vilar Formoso e Pinhelenses na gélida tarde do último domingo veio mais uma vez provar essa “teoria”. Especialmente no segundo tempo, a equipa visitante esteve perto do golo da vantagem por diversas ocasiões mas foram os locais quem voltou a marcar de penálti, alcançando um triunfo que lhes permite continuar na frente do Distrital.

A partida começou praticamente com o golo da equipa de Pinhel, que, apesar de ocupar a antepenúltima posição, ofereceu uma excelente réplica. Aos 4’, Márcio fez uma boa assistência para Milhano que, mais rápido que os centrais contrários, isolou-se e fez um chapéu de aba larga a Rebelo. Os locais tentaram reagir e Gomes, sem marcação, teve uma perdida incrível aos 10’ ao falhar na pequena área. No minuto seguinte, os visitantes estiveram perto do 0-2 mas Tó Mané, primeiro rematou contra Rebelo e depois viu um defensor contrário afastar o esférico em cima da linha. O jogo estava animado e, aos 15’, João Paulo tirou um adversário do caminho e, já na área, rematou forte mas muito torto. O empate chegou aos 19’ de penálti, convertido por João Ribeiro, a punir falta de um pinhelense sobre um avançado contrário.

O jogo entrou numa fase incaraterística, com muita disputa a meio-campo e só perto do intervalo voltou a ter jogadas de relativo perigo por parte dos pinhelenses. Primeiro, Milhano aproveitou um ressalto para rematar ao lado e depois foi Pai Natal, que em excelente posição, cabeceou por cima. O segundo tempo voltou a abrir com uma boa ocasião para os visitantes tendo mais uma vez Milhano como protagonista ao forçar Rebelo a uma boa intervenção. O Vilar Formoso respondeu aos 53’, com João Ribeiro a cabecear por cima após livre de Valter. Seis minutos depois, o técnico Nuno Reis fez uma dupla substituição com o intuito de tornar a sua equipa mais ofensiva. No entanto, foram os Pinhelenses que voltaram a criar as melhores ocasiões, tirando partido de rápidos contra-ataques.

O primeiro aviso foi dado aos 68’, de novo por Milhano, que forçou o guardião contrário a nova defesa atenta. Passados dois minutos, o recém-entrado Rui atirou às malhas laterais do Vilar Formoso e, aos 78’, o mesmo jogador isolou-se pela direita e atirou rasteiro ao poste direito. Aos 81’ foi a vez do seu companheiro Alexandre acertar na trave, após um belo remate de fora da área. Até que aos 93’, numa altura em que os visitantes se podiam queixar da falta de sorte, Silvério Sousa entendeu que o guarda-redes pinhelense Gaspar fez falta na área e assinalou novo penálti, expulsando o guardião. Como a equipa treinada por Tony Silva já tinha efetuado as três substituições, foi o médio Emanuel que tentou defender, sem sucesso, o remate de João Ribeiro, que bisou e garantiu a conquista dos três pontos para o Vilar Formoso.

Ricardo Cordeiro Milhano, em disputa de bola com Ricardinho, foi sempre uma seta apontada à baliza contrária

O azar de uns foi a sorte de outros

Sobre o autor

Leave a Reply