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O adeus ao Diogo

Acordava o dia 29 do quente mês de Agosto, para mais um domingo, dia do Senhor. Eis senão quando, ironia do destino, ouve-se o sino da igreja tocar a finados, para anunciar a morte daquele que tantas vezes tocou pelos outros! “Morreu o Diogo”.

Diogo Moreno, membro activo da comunidade religiosa e social falecia aos 73 anos de idade, tendo ainda sido assistido pelo INEM e transportado para o Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco). Desempenhou a sua vida profissional na CP e Refer, durante muitos anos radicado na estação de caminho de ferro da Guarda, tendo nos últimos anos, antes da reforma, desempenhado as funções de inspector de serviço comercial. Regressou à terra natal [Lardosa] para se dedicar à sua agricultura e abelhas, sendo o restante tempo para a igreja, parte social e amigos. Desempenhava muito bem a missão de sacristão e era grande incentivador das tradições religiosas da nossa aldeia, que com esta morte sofrem uma grande perda.

Na parte social, era um defensor do Centro Social Amigos da Lardosa (CSAL), onde permaneceu como presidente da direcção desde 2002 até à data actual. Amado por uns, se calhar, menos amado por outros, só aqueles que nada fazem ou não se envolvem em prol da comunidade não são criticados, era uma pessoa carismática e marcante da nossa aldeia.

Ainda foi contactado para a parte politica, mas preteriu-a para se dedicar às que já desenvolvia, entre as quais as de colaborador da imprensa escrita regional, nomeadamente na “Gazeta do Interior”, “Reconquista” e “Jornal do Fundão”, que não terão mais a sua escrita para divulgação das actividades religiosas, festas ou feiras (…). Oriundo de uma modesta família, serviu para muitos jovens da nossa terra como padrinho do Crisma, entre os quais me incluo, por isso fica a notícia da sua morte e um até sempre “Padrinho”. Descansa em Paz.

Manuel Teles, carta recebida por email

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